
Quando o termômetro despenca, o corpo sente — e o coração, ah, esse sofre em silêncio. Médicos estão batendo na tecla: o frio não é só aquele desconforto chato que faz a gente se enrolar em cobertores. Ele pode ser um gatilho perigoso para infartos, AVCs e outras complicações que ninguém quer nem ouvir falar.
Por que o coração sofre mais no inverno?
Parece contraditório, mas é pura biologia: quando faz frio, os vasos sanguíneos se contraem feito um elástico velho. A pressão sobe, o coração trabalha no talo e — bam! — o risco de problemas cardiovasculares dispara. "É como se o corpo declarasse guerra contra si mesmo", explica o cardiologista Dr. Renato Barra, num tom que mistura preocupação com indignação.
E não para por aí. No frio, a gente tende a:
- Comer mais porcarias (aquela feijoada pesada parece irresistível)
- Fazer menos exercícios (quem vai malhar com 10°C, né?)
- Esquecer de se hidratar (água gelada? Nem pensar!)
Grupos de risco: quem precisa redobrar o cuidado
Idosos, hipertensos e cardíacos são os que mais sofrem — isso todo mundo já sabe. Mas tem um detalhe que pouca gente comenta: quem passa o dia todo no ar-condicionado também entra na zona de perigo. "O choque térmico ao sair na rua é como um soco no peito", alerta a Dra. Carla Mendes, que já atendeu casos dramáticos em pronto-socorros lotados.
Dica quente (ou melhor, fria): Se você tem mais de 60 anos ou problemas de saúde, evite sair de casa nos horários mais gelados. Prefira o final da manhã ou início da tarde, quando o sol dá uma ajudinha.
Como se proteger sem virar um urso polar
Não precisa enterrar-se vivo em casa até a primavera. Algumas medidas simples fazem diferença:
- Vista-se em camadas — igual cebola, mas com estilo
- Mantenha-se ativo (até alongamentos em casa já ajudam)
- Controle a pressão regularmente (aquela farmácia na esquina pode ser sua aliada)
- Evite exageros no café e no álcool (sim, aquele vinho quente conta)
E atenção: se sentir qualquer sintoma estranho — dor no peito, tontura, falta de ar — não hesite em buscar ajuda. "Muitos pacientes chegam tarde demais porque acham que é só um mal-estar passageiro", lamenta o Dr. Barra.
O inverno brasileiro pode não ser tão extremo quanto o da Europa, mas nosso organismo — acostumado ao calor — sofre de um jeito particular. Ficar atento aos sinais do corpo pode ser a diferença entre passar a temporada curtindo ou... bem, você entendeu.