
Em um ato de generosidade que atravessou continentes, uma brasileira encontrou a cura para sua leucemia através da doação de medula óssea de um desconhecido na Alemanha. A história, que mistura ciência, solidariedade e esperança, mostra o poder das conexões humanas em situações de vida ou morte.
O diagnóstico que mudou tudo
Aos 32 anos, a administradora paulistana recebeu o diagnóstico que ninguém deseja: leucemia mieloide aguda. "Foi como se o chão sumisse debaixo dos meus pés", descreve. O tratamento exigia um transplante de medula óssea, mas nenhum familiar era compatível.
A busca por um doador
Inscrita no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), a esperança era encontrar alguém com perfil genético compatível. "Sabia que as chances eram de 1 em 100 mil", conta. Meses se passaram até que veio a notícia: um doador compatível havia sido encontrado... do outro lado do mundo.
O gesto que salvou uma vida
Um jovem alemão, cujos dados permanecem anônimos por lei, havia se cadastrado no banco de doadores de seu país. Sua medula foi coletada e transportada sob rigoroso controle até o Brasil. "Quando recebi aquelas células, senti que ganhava uma nova chance", emociona-se.
O poder da doação internacional
Este caso ilustra a importância dos registros globais de doadores. Atualmente, o REDOME é o terceiro maior banco de dados do mundo, com mais de 5 milhões de voluntários cadastrados. "Cada novo doador aumenta as chances de salvar vidas", explica o hematologista Dr. Fernando Silva.
Como se tornar um doador
- Ter entre 18 e 55 anos
- Estar em bom estado de saúde
- Cadastrar-se em um hemocentro credenciado
- A doação pode ser feita por coleta de sangue ou punção na bacia
"Se meu doador algum dia ler isso, quero dizer que sou eternamente grata", finaliza a brasileira, hoje completamente curada. Sua história é um testemunho do que a ciência e a solidariedade podem alcançar quando trabalham juntas.