
Não é de hoje que o câncer colorretal vem chamando atenção — e não só entre os mais velhos. Se antes a doença era associada quase que exclusivamente à terceira idade, hoje ela aparece cada vez mais em pessoas abaixo dos 50 anos. O caso da cantora Preta Gil, diagnosticada aos 46, é só a ponta do iceberg.
Mas o que está por trás desse aumento? A resposta, como quase tudo na medicina, não é simples. Um estudo recente do Journal of the National Cancer Institute mostrou que a incidência em adultos jovens cresceu 2% ao ano desde a década de 1990. E olha que não é pouco.
Mudanças no estilo de vida: o vilão escondido
Você já parou pra pensar como a nossa rotina mudou nos últimos 30 anos? Fast-food virou quase religião, sedentarismo é o novo normal e o estresse... bem, esse a gente conhece bem. Tudo isso contribui — e muito — para o aparecimento precoce da doença.
Alguns especialistas apontam o dedo especialmente para:
- Dieta pobre em fibras (cadê aquela salada?)
- Excesso de carne processada (sim, seu bacon de domingo)
- Obesidade (aqueles quilinhos a mais que a gente ignora)
- Tabagismo (mesmo que seja só "aquele cigarrinho social")
Sintomas que parecem bobagem — mas não são
Aqui mora o perigo: os sinais iniciais são tão comuns que muita gente deixa passar. Cansaço excessivo? "Ah, é só o trabalho". Alteração no hábito intestinal? "Deve ser algo que comi". Sangue nas fezes? "É hemorroida, certeza".
O problema é que quando os sintomas ficam realmente preocupantes, a doença já pode estar avançada. E aí o tratamento fica bem mais complicado.
Prevenção: melhor do que remediar
Se tem uma coisa que os médicos não cansam de repetir é que a colonoscopia salva vidas. O exame, que muita gente adia por puro preconceito, pode detectar pólipos antes que virem câncer. E o melhor: a partir dos 45 anos já está indicado pra todo mundo.
Mas não é só isso que você pode fazer:
- Movimente-se — 30 minutos de caminhada por dia já fazem diferença
- Coma colorido — frutas, verduras e grãos integrais são seus aliados
- Fique de olho no peso — o IMC ideal varia, mas o excesso nunca é bom
- Reduza o álcool — aquela cervejinha diária pode custar caro
O caso da Preta Gil serviu de alerta para muita gente. E se tem uma lição que podemos tirar disso é: câncer não escolhe idade, fama ou conta bancária. Mas com informação e prevenção, as chances de vencer essa batalha aumentam — e muito.