O cenário é desolador. Uma verdadeira hecatombe atingiu criadores do Piauí, onde 612 animais - entre bovinos, suínos, ovinos e aves - perderam a vida após procedimentos de vacinação. Os números, que assustam qualquer um, foram confirmados pelo Ministério da Agricultura nesta quarta-feira (3).
E olha que o caso só aumenta: eram 500 animais na última contagem, mas a tragédia não para de crescer. Uma equipe técnica do Ministério já está no estado, de malas prontas, tentando desvendar esse mistério que deixou todo mundo de cabelo em pé.
O que diabos aconteceu?
As primeiras informações - ainda bem preliminares, diga-se - indicam que os óbitos ocorreram após a aplicação de vacinas contra clostridioses e raiva. Mas calma lá: não significa que as vacinas sejam as vilãs dessa história. Pode ter sido um lote específico, problemas de armazenamento, aplicação incorreta... São muitas variáveis nessa equação trágica.
Os produtores rurais, é claro, estão desesperados. Imagina acordar e encontrar dezenas de animais mortos, depois de seguir todos os protocolos? É de cortar o coração. Muitos perderam praticamente toda sua criação, seu sustento, sua vida inteira de trabalho.
A investigação a todo vapor
O Ministério da Agricultura não está medindo esforços. Eles coletaram amostras das vacinas, dos animais mortos e até da água das propriedades. Tudo está sendo analisado com lupa em laboratórios oficiais. E sabe o que é mais importante? Todas as suspeitas estão sendo investigadas, sem descartar nenhuma hipótese.
Enquanto isso, uma recomendação urgente foi emitida: suspensão imediata do uso dos lotes suspeitos. Melhor prevenir que remediar, especialmente quando o remedio parece estar pior que a doença.
O caso tomou proporções nacionais. Afinal, a sanidade animal é questão de saúde pública e também econômica - o Brasil é um dos maiores exportadores de proteína animal do mundo. Uma sombra sobre nossa reputação internacional?
Os produtores atingidos aguardam respostas. E compensações. Afinal, como sobreviver depois de perder tudo? O Ministério promete apoio, mas até agora... São apenas promessas.
Uma coisa é certa: esse caso vai ecoar por muito tempo. E serve de alerta para todo o sistema de vigilância sanitária animal do país. Quando a confiança é quebrada, reconstruí-la é trabalho para anos.
