Prevent Senior: 4 Anos Depois, Justiça Paralisa e Médicos que Denunciaram Viram Alvo de Processos
Prevent Senior: 4 anos depois, processos paralisam na Justiça

Quatro anos. Parece uma eternidade, não é? Desde que o país parou e um turbilhão de revelações sobre a Prevent Senior veio à tona. Mas o tempo, esse senhor implacável, parece ter congelado os processos judiciais que nasceram naqueles dias sombrios.

Enquanto isso, uma ironia amarga: os profissionais de saúde que tiveram a coragem de falar — de levantar a voz quando muitos se calaram — agora carregam o peso de ações judiciais movidas contra eles. A vida prega dessas peças, não prega?

O que dizem os autos?

Das 13 investigações que corriam na 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, sabe quantas ainda respiram? Apenas três. Três. As outras simplesmente… esvaziaram. Algumas arquivadas, outras suspensas — aguardando quem sabe o quê. Um desfecho que deixa um gosto meio azedo na boca.

E o MPF? Ah, o Ministério Público Federal. Eles entraram com uma queixa-crime por homicídio doloso contra a empresa e nove médicos. Doloso. A palavra pesa, né? Mas até isso… emperrou. Ficou dependendo de um tal de amicus curiae — um instituto jurídico que, francamente, mais parece um convidado que nunca chega para a festa.

E do outro lado do balcão?

A Prevent Senior, claro, nega. Nega tudo. E moveu seus próprios processos — contra os médicos, contra quem ousou questionar. Acusações de danos morais, claro. É a velha história: quem denuncia, muitas vezes, acaba no banco dos réus.

Os advogados da operadora são claros: tratam tudo como “narrativa falsa”. Dizem que as acusações foram “devidamente esclarecidas” perante as autoridades. Mas será? A gente se pergunta.

O silêncio que fala alto

Procurados, o MPF e a Prevent Senior preferiram não comentar. Às vezes, o silêncio diz mais do que mil palavras, você não acha?

E os processos civis? Ah, esses ainda rolam. Uma ação coletiva no valor de… segura aí… R$ 15 bilhões. Quinze bilhões! Mas até ela caminha a passos de tartaruga. Uma espera que desgasta, que cansa.

Quatro anos depois, a pergunta que fica é: cadê a justiça? Será que ela vai chegar, ou vamos todos esquecer isso como mais um capítulo feio da nossa história? O tempo — sempre ele — vai ter que responder.