
Não é todo dia que a Justiça dá um basta em situações que beiram o absurdo, mas quando acontece, é pra ficar de olho. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal acabou de tomar uma decisão que vai fazer o governo local e o Iges (Instituto de Gestão Estratégica de Saúde) torcerem o nariz – e abrirem a carteira.
Uma família, que já passou por um inferno astral digno de filme de terror, finalmente vai receber uma indenização por danos morais. Tudo porque uma mulher – cujo nome a gente respeitosamente omite – teve a vida interrompida de forma tão evitável que dói só de pensar.
O que deu errado? Tudo.
Imagina só: você tá mal, corre pra um hospital. Nada. Segundo hospital? Nada. Terceiro? Nem pra dar um olá. Foi mais ou menos isso que aconteceu. A vítima, em estado grave, rodou por três unidades de saúde como se fosse encomenda perdida nos Correios. Resultado? Morte cerebral. E olha que não tô exagerando – é a pura verdade.
Os juízes não só entenderam o tamanho da cagada administrativa como colocaram números nessa dor:
- R$ 300 mil pro Distrito Federal (que devia tá cuidando da saúde pública)
- R$ 100 mil pro Iges (que claramente falhou na gestão)
Não é dinheiro que traz ninguém de volta, mas pelo menos segura a onda do "a gente lamenta" vazio.
E agora?
O caso tá longe de ser só mais um número nas estatísticas. Ele escancara o que todo mundo já sabe mas finge que não vê: o sistema de saúde no DF tá mais pra roleta russa do que pra direito garantido na Constituição.
Enquanto isso, a família tenta seguir em frente. E a gente fica aqui pensando: quantos casos assim ainda vão precisar virar notícia antes de alguma coisa mudar de verdade?