
Não é todo dia que a gente se depara com uma história que arranca lágrimas — daquelas que grudam na memória feito mel. Na Paraíba, um homem decidiu quebrar estereótipos e provar que amor de padrasto pode ser tão verdadeiro quanto qualquer outro.
"Elas chegaram sem avisar, mas ocuparam cada cantinho do meu coração", confessou ele, com a voz embargada. As "filhas de coração", como carinhosamente chama as enteadas, viraram sua razão de viver. E olha que a história não é tão simples assim.
Laços que não dependem de sangue
Quem pensa que família se resume a DNA tá muito enganado. Esse paraibano — que prefere não aparecer — mostrou na prática o que significa acolhimento. "No começo foi estranho, claro. A gente se estranhava, elas tinham medo... Mas o tempo foi costurando a gente", revelou, com aquela sabedoria de quem já viveu.
E não foi fácil:
- As meninas vinham de uma relação conturbada com o pai biológico
- O processo de adaptação levou quase dois anos
- Teve choro, birra e muito "você não manda em mim!"
Mas hoje? Hoje é diferente. "Quando me chamam de 'pai' sem pensar duas vezes, acho que vale cada segundo", disse, com os olhos brilhando mais que vela de aniversário.
O segredo? Paciência e muito amor
Não existe manual para ser padrasto — e esse cara sabe disso. "Errei bastante, não vou mentir. Tinha dias que eu queria sumir", admitiu. Mas persistiu. Levava pra escola, assistia às apresentações chatas da escola (sabe aquelas peças intermináveis?), aprendia a fazer coque no cabelo...
E o resultado? Duas adolescentes que, mesmo na fase do "tô nem aí", fazem questão dele. "Meu maior medo era ser só o namorado da mãe delas. Hoje sei que sou muito mais", finalizou, deixando uma lição que deveria ser ensinada nas escolas.