
Não há dor que se compare à de perder um filho. E quando isso acontece duas vezes? O coração parece não aguentar. Gilberto Gil, um dos maiores nomes da música brasileira, sabe bem o que é isso.
O baiano, que já encantou o mundo com sua voz e seu talento, viveu momentos de profunda tristeza com a morte de dois de seus filhos. Pedro Gil, o caçula, partiu em 1990, vítima de um acidente de carro. Já em 2019, foi a vez de Nara Gil, que lutou contra um câncer.
O peso do luto na vida de um artista
Quem pensa que fama e sucesso blindam alguém da dor está enganado. Gilberto Gil, mesmo sendo um ícone, teve que enfrentar a realidade cruel da perda. E como ele lidou com isso? A música, claro, foi sua aliada.
"A arte salva", dizem por aí. No caso de Gil, parece que é verdade. Ele transformou a dor em versos, em melodias, em canções que tocam a alma. Mas não foi fácil. Longe disso.
Pedro Gil: o acidente que mudou tudo
1990 foi um ano que marcou para sempre a vida do cantor. Pedro, então com 19 anos, estava voltando de um show quando o carro em que estava capotou. O jovem músico — que seguia os passos do pai — não resistiu aos ferimentos.
Imagine só: você está no auge da carreira, lotando estádios, e de repente... Perde o filho. Como seguir em frente? Gil encontrou forças onde muitos não encontrariam.
Nara Gil: uma longa batalha
Quase trinta anos depois, outra tragédia. Nara, filha do primeiro casamento de Gil, enfrentou um câncer por anos. Quando a notícia da morte veio, em 2019, o Brasil inteiro se solidarizou.
Dessa vez, o artista já não era mais o mesmo jovem de quando perdeu Pedro. Mas a dor? Ah, a dor era a mesma. Talvez até maior, quem sabe.
Superação e legado
O que impressiona na história de Gilberto Gil é a resiliência. Ele poderia ter desistido, poderia ter se fechado para o mundo. Mas não. Continuou criando, continuou encantando.
Hoje, aos 81 anos, o artista carrega essas marcas — essas cicatrizes da alma. Mas também carrega o amor pelos filhos que se foram, transformado em arte, em música, em vida.
Como ele mesmo já disse certa vez: "A vida é isso aí, né? A gente ri, a gente chora, a gente perde, a gente ganha". E segue em frente, mesmo quando o chão parece sumir debaixo dos pés.