
Quem tem criança em casa sabe: férias escolares são sinônimo de energia triplicada e uma pergunta que não quer calar — "o que vamos fazer hoje?". Em São José do Rio Preto, os parques viram o point da galerinha, mas aí surge outro dilema: como manter a alimentação equilibrada no meio da farra?
Dona Mariana, mãe do Pedro, 7 anos, conta que vive no modo "improviso criativo": "Entre uma corrida no playground e outra no gira-gira, acabamos cedendo ao pasteizinho de queijo da barraquinha. Não é ideal, mas qual mãe aguenta carregar tupperware de salada no meio do calorão?". A cena, reconheça, é mais comum do que deveria.
O pulo do gato nutricional
Nutricionistas locais dão a letra — e não, não é preciso virar a "mãe chata da fruta". O segredo está nos lanches estratégicos:
- Sanduíches integrais com patê de grão-de-bico (a turminha nem percebe que é saudável)
- Frutas cortadas em formatos divertidos — melancia em cubos vira "ouro do pirata"
- Água de coco natural nos squeezes personalizados (sim, eles bebem mais quando tem desenho)
E tem mais: "A gente brinca de 'caça ao tesouro verde' — escondo vegetais coloridos na lancheira", revela o pai descolado Ricardo, que transformou a hora do lanche em brincadeira no Parque da Represa.
Fast-food: vilão ou mocinho?
Ninguém aqui é de ferro — o hambúrguer eventual não é crime. A nutricionista Dra. Letícia pondera: "O problema é a rotina. Se virar hábito diário, aí a conta chega — e não é só na balança". Ela sugere combos menos agressivos: milk-shake pequeno + nuggets assados, por exemplo.
Curiosidade: os quiosques dos parques municipais estão se reinventando. Três já oferecem opções orgânicas — e pasme — as crianças estão adorando os picolés de abacaxi com hortelã. Quem diria, hein?
No final das contas, como bem resumiu a vovó Teresa, 68 anos, enquanto observava os netos: "Na minha época era pão com banana e ninguém morreu. O importante é equilíbrio — e deixar a criançada sujar a roupa de terra de vez em quando". Sábias palavras.