Não é todo dia que um hospital vira alvo do Ministério Público, mas o Gabriel Soares, em Aracaju, está no centro de uma tempestade sanitária. Segundo apurou nossa equipe, o MP abriu um procedimento para investigar a unidade — que, pasmem, estaria funcionando sem a devida licença. E olha que não é pouca coisa: estamos falando de um estabelecimento que atende dezenas de pacientes diariamente.
Detalhe preocupante? A licença sanitária é aquela papelada básica que todo hospital precisa ter — tipo RG, só que pra saúde pública. Sem ela, a situação fica no mínimo esquisita. "É como dirigir sem carteira, só que pior", comentou um técnico da vigilância sanitária que preferiu não se identificar.
O que diz o MP
Os promotores foram claros: receberam denúncias e decidiram checar pessoalmente. E não deu outra — a documentação simplesmente não estava em ordem. Agora, o hospital tem um prazo (que não foi divulgado) para se regularizar ou pode até ser interditado. Já pensou?
Do lado de lá, a direção do hospital se manifestou através de uma nota cheia de juridiquês, dizendo que "está tomando as providências necessárias". Mas convenhamos: depois da fiscalização, essa conversa soa um tanto quanto furada.
E os pacientes?
Aqui é que a coisa fica séria. Enquanto a briga jurídica rola, quem paga o pato são as pessoas que dependem do atendimento. Uma senhora que preferiu não se identificar contou que fez uma cirurgia lá semana passada: "Se eu soubesse que tava tudo irregular, teria pensado duas vezes".
Especialistas ouvidos pelo G1 foram enfáticos: hospitais sem licença são uma roleta-russa. "Pode ter desde problemas na esterilização de equipamentos até profissionais não qualificados", alertou um infectologista.
E agora, José? O caso tá longe de acabar, e a gente vai ficar de olho. Enquanto isso, se você tem consulta marcada no Gabriel Soares, talvez valha a pena dar uma ligadinha pra confirmar como andam as coisas por lá.
