Febre Maculosa em Caeté: Prefeitura decreta emergência em saúde após mortes confirmadas
Caeté decreta emergência após mortes por febre maculosa

A tranquilidade da serra mineira foi quebrada por uma ameaça invisível – e letal. Caeté, aquela cidade histórica que encanta turistas com suas igrejas seculares, agora vive dias de apreensão depois que a prefeitura decretou estado de emergência em saúde pública. O motivo? Três mortes confirmadas por febre maculosa apenas neste mês de setembro.

Não é exagero – a situação é grave mesmo. A secretária municipal de Saúde, Ana Paula Mendes, não esconde a preocupação: "Estamos diante de um cenário que exige resposta imediata e coordenada. A febre maculosa tem alto índice de letalidade se não for diagnosticada precocemente".

O que está acontecendo exatamente?

Os casos surgiram em áreas rurais do município, onde o carrapato-estrela – aquele vilão minúsculo que transmite a doença – encontra ambiente perfeito para proliferar. Capivaras, que são reservatórios naturais da bactéria, circulam livremente por essas regiões. Uma combinação perigosa, especialmente em tempos de clima seco.

E olha só como a coisa funciona: o carrapato infectado pica a pessoa e, em poucos dias, surgem sintomas que parecem uma gripe comum – febre alta, dor no corpo, mal-estar. Só que não é gripe. É bem mais sério. Se não tratada com os antibióticos corretos nas primeiras 72 horas, a doença pode levar a complicações neurológicas, hemorragias e… bem, o pior.

E agora, o que fazer?

A prefeitura já acionou todos os protocolos de emergência:

  • Treinamento urgente para profissionais de saúde reconhecerem os sintomas
  • Aquisição emergencial de medicamentos específicos
  • Bloqueio imediato das áreas onde os casos foram registrados
  • Orientação massiva para moradores e visitantes

Ah, e se você planejava dar aquela volta no Parque Estadual da Serra da Piedade… Melhor repensar. As trilhas ecológicas estão temporariamente interditadas. A secretaria é categórica: evitem áreas com vegetação alta, usem roupas claras e compridas, e examinem o corpo após atividades ao ar livre.

Parece exagero? Não é. A febre maculosa mata até 40% dos infectados quando o diagnóstico demora. E em Caeté, infelizmente, já aprenderam essa lição da pior maneira possível.

O que me faz pensar: quantas outras cidades brasileiras estão vulneráveis a surtos assim? Será que estamos preparados? Em Caeté, pelo menos, agora estão correndo contra o tempo para evitar que mais vidas se percam para um inimigo do tamanho de uma cabeça de alfinete.