
Imagine cruzar com um consultório médico completo no meio da rua? Pois é exatamente isso que aconteceu nesta quarta-feira (4) em Santarém, no oeste do Pará. Uma cena que misturava solidariedade com um toque de genialidade.
O Largo do São José, ponto turístico conhecido da cidade, se transformou em um verdadeiro centro de acolhimento. Não era miragem — era o projeto Consultório na Rua mostrando sua força mais uma vez.
Muito mais que medicamentos
Enquanto muita gente passa direto por quem está nas ruas, essa galera decidiu parar. E parar mesmo. Ofereceram desde aquele básico que faz falta até coisas que restauram a dignidade. A ficha cadastral para acesso a benefícios sociais, por exemplo, pode parecer burocrático, mas é a chave para reconectar pessoas com seus direitos.
E os cortes de cabelo? Meu amigo, não era só vaidade. Era autoestima renascendo a cada tesourada. Você já parou pra pensar como um simples corte pode fazer alguém se sentir humano de novo?
Quem tá por trás dessa revolução silenciosa?
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) não tá brincando de serviço. Eles abraçaram o Consultório na Rua como política pública permanente, não como ação pontual. Isso aqui é compromisso de verdade.
O pessoal do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) também entrou com tudo. Junto com a Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Semtras), formaram um time imbatível.
O que te faz humano?
Talvez seja justamente lembrar que todo mundo merece cuidado. O projeto não entrega só remédio ou encaminhamento — entrega respeito. E numa sociedade tão individualista, isso vale mais que ouro.
Os profissionais de saúde que toparam esse desafio? Heróis anônimos. Enfrentam preconceitos, medos e a complexidade de quem vive nas ruas há anos. E ainda assim, conseguem criar vínculos. Incrível, não?
E os números? Bem, eles impressionam
Desde que começou, em 2022, o Consultório na Rua já assistiu mais de 900 pessoas. Novecentas histórias, novecentas realidades diferentes. Alguns conseguem sair das ruas, outros encontram pelo menos um alívio para suas dores.
E olha só: a ação desta quarta atendeu 37 pessoas. Trinta e sete oportunidades de mudar um destino. Parece pouco? Pra cada uma dessas pessoas, foi tudo.
No final das contas, o que fica é aquela pergunta: que cidade a gente quer construir? Uma que vira as costas ou uma que para pra cuidar? Santarém, pelo menos nesta quarta, escolheu a segunda opção.