Ah, a cidadania… para alguns, é um sonho distante. Para outros, uma verdadeira maratona burocrática. E acredite: existem lugares onde esse processo é tão lento que chega a ser desanimador. Não é brincadeira — em alguns casos, a espera pode ultrapassar vinte anos. Sim, você leu certo.
Parece exagero? Pois é exatamente assim que funcionam coisas como a cidadania italiana, por exemplo. Sabe aquele seu avô que era italiano? Pois é, pode ser que seus netos ainda estejam na fila. A Itália tem uma das legislações mais complexas e demoradas do mundo quando o assunto é reconhecer descendentes.
Mas por que essa demora toda?
Burocracia. Muita burocracia. E não é só na Itália — Áustria, Suíça, Alemanha e até mesmo alguns países árabes impõem exigências que beiram o impossível. Documentos perdidos no tempo, traduções juramentadas, apostilamentos, filas de espera que não andam… é de deixar qualquer um de cabelo em pé.
E não pense que é só juntar papelada. Muitos países exigem que você more lá por anos antes de dar entrada no processo. Na Suíça, por exemplo, são necessários pelo menos dez anos de residência para pleitear a naturalização. Dez anos! Quase uma década da sua vida esperando por um “sim”.
E o que dizer dos custos?
Além do tempo, tem o dinheiro. Advogados especializados, taxas governamentais, traduções, viagens… tudo isso vai se acumulando e transformando o sonho em um pesadelo financeiro para muitas famílias.
Mas calma, nem tudo está perdido. Alguns países estão revendo suas políticas — ainda que devagar. A Itália, por exemplo, vem digitalizando processos, o que pode (e deve) agilizar um pouco as coisas. Mas não espere milagres. Ainda estamos falando de governos, certo?
No fim das contas, conseguir uma segunda nacionalidade ainda é um jogo de paciência. Muita paciência. E talvez uma boa dose de teimosia também.
