
Imagine por um segundo: você está ali, tranquilo, arrumando umas coisas em casa num domingo qualquer. De repente, um passo em falso, o mundo vira de cabeça pra baixo e... silêncio. Foi mais ou menos assim que Luciano Szafir começou a contar essa história que parece mais roteiro de filme do que coisa da vida real.
O ator, que sempre foi bastante discreto sobre assuntos pessoais, resolveu abrir o jogo sobre um dos momentos mais aterrorizantes da sua vida. E olha, não é pra menos.
O Acidente Que Mudou Tudo
Tudo aconteceu num daqueles dias comuns que a gente nem lembra depois. Szafir estava organizando uma prateleira em casa – dessas coisas domésticas que parecem inofensivas, sabe? Só que o negócio desequilibrou, ele caiu feio e bateu a cabeça com uma força brutal.
"Foi um estouro ensurdecedor dentro do crânio", descreve ele, ainda com ar de quem não acredita totalmente no que viveu. "E depois... nada. Um vazio absoluto."
A Experiência Fora do Corpo
E aqui começa a parte que arrepia até o mais cético. Luciano jura de pés juntos que se viu de cima, observando o próprio corpo desacordado no chão. "Eu me via ali, mas ao mesmo tempo não era eu. Era como se fosse um espectador da minha própria tragédia."
Mas calma que tem mais – e coisa boa, surpreendentemente. Ele fala de uma sensação de paz inacreditável, um calor que envolvia tudo, e uma luz... ah, a luz! "Não era aquela clareza forte que machuca os olhos. Era suave, aconchegante, como um abraço de mãe depois de um dia difícil."
O Encontro Inesperado
Eis que acontece o mais inacreditável: segundo Szafir, ele se reencontrou com a mãe, já falecida. "Ela estava lá, radiante, me sorrindo daquele jeito tranquilo que só ela tinha. Me disse que ainda não era minha hora, que eu tinha voltado por um motivo."
Confesso que até eu, velho cético de plantão, fiquei com arrepios ao ouvir ele contando isso. Tem certas coisas que a gente não explica, né?
Volta à Realidade
O retorno ao corpo foi, nas palavras dele, "como mergulhar num lago gelado depois de uma sauna". Dolorido, confuso, mas com uma clareza mental que nunca tinha experimentado antes.
"A vida ganhou cores diferentes depois daquilo", reflete o ator. "Coisas que me preocupavam antes parecem tão pequenas agora... É como se eu tivesse recebido uma segunda chance e não pretendo desperdiçar."
Lições de Quase Partir
Quem passa por uma experiência dessas não volta o mesmo – e com Szafir não foi diferente. Ele revela que repensou prioridades, valores, e principalmente, como tem vivido cada dia.
"A gente fica perdendo tempo com bobagem, com discussão inútil, com rancor...", diz ele, com uma sinceridade que corta. "Quando você quase perde tudo, entende que o que importa mesmo é o amor, as conexões genuínas, os momentos simples."
E olha só que interessante: ele agora encara a vida com um humor diferente, mais leve, mais grato. Até as dificuldades parecem menores quando você já enfrentou o maior medo de todos.
No final das contas, a história de Luciano Szafir nos faz pensar: e se hoje fosse nosso último dia? Estamos vivendo da forma que realmente importa? Perguntas difíceis, mas que valem a pena considerar – antes que a vida nos force a encará-las.