Quem é Gominho? O amigo que largou tudo em Salvador para apoiar Preta Gil no combate ao câncer
Amigo deixa Salvador para apoiar Preta Gil no tratamento

Não é todo dia que a gente vê alguém largar tudo para ficar ao lado de um amigo em um momento tão delicado. Mas foi exatamente isso que Gominho fez. O baiano, que morava em Salvador, pegou suas coisas e partiu para o Rio de Janeiro assim que soube do diagnóstico de Preta Gil. E olha, não foi uma decisão fácil — mas, como ele mesmo diz, "amigo de verdade não escolhe hora".

Quem é esse cara, afinal? Gominho — nome que parece saído de uma história em quadrinhos — é um desses amigos que a gente encontra uma vez na vida. Conheceu Preta há mais de 15 anos, em um dos muitos carnavais da capital baiana. Desde então, virou quase um irmão para a cantora.

"Não pensei duas vezes"

Quando a notícia do câncer veio à tona, Gominho não titubeou. "Foi automático", conta, com aquela voz rouca de quem já viveu muito. "Desliguei o telefone depois que ela me contou e já estava procurando passagem."

Deixou emprego? Deixou. Apartamento alugado? Também. Até o cachorro — um vira-lata chamado Zeca — teve que ficar com os pais. "Mas o Zeca entendeu", brinca, mostrando que mesmo na dificuldade, o humor baiano não abandona.

Dias difíceis, amizade forte

Os primeiros meses foram os piores. As sessões de quimioterapia deixavam Preta exausta, com náuseas constantes. Gominho virou uma sombra — preparava chás, arrumava travesseiros, inventava histórias absurdas para fazê-la rir. "Tem dias que ela acorda sem forças. Aí eu lembro das nossas aventuras em Salvador e conto como se fosse novela."

Não é papel fácil. Às vezes, o cansaço bate — afinal, cuidar de quem está doente é como carregar um peso invisível. Mas ele insiste: "Quando você ama alguém, não vê como sacrifício. É só o que tem que ser feito".

O que Salvador perdeu, o Rio ganhou

Os antigos vizinhos do bairro de Pituba até estranharam. Gominho era aquela figura que todo mundo conhecia — o cara da piada pronta, que organizava churrascos comunitários e sempre tinha um causo para contar. "Mas ninguém duvidou", afirma Dona Maria, dona de um boteco local. "Ele sempre foi assim — quando se apega, vai até o fim."

Enquanto isso, no Rio, a rotina segue entre idas ao hospital e noites em claro. Preta já declarou publicamente que deve parte de sua recuperação a esse apoio incondicional. "Tem dias que a gente só fica olhando para o teto, sem falar nada. Mas é nesses momentos que eu sei — valeu cada minuto."

E Gominho? Ele só responde, com um sorriso que já virou marca registrada: "Bahia não larga os seus. Ponto final."