Justiça dá um puxão de orelha em Campinas e obriga prefeitura a limpar uniformes do SAMU
Justiça obriga Campinas a limpar uniformes do SAMU

Pois é, meus amigos. A coisa ficou séria para a prefeitura de Campinas. A Justiça do Trabalho, num daqueles veredictos que a gente até comemora, botou o dedo na ferida e mandou o município resolver de uma vez por todas a questão – pasmem – da lavagem dos uniformes dos profissionais do SAMU.

Parece até piada, não parece? Mas é de cair o queixo. Imagine você, que arrisca a vida diariamente salvando outras, ter que se preocupar se o jaleco tá limpo ou não. O Ministério Público do Trabalho (MPT) moveu uma ação, e a 2ª Vara do Trabalho da cidade não teve dúvidas: a responsabilidade é da prefeitura, ponto final.

O cerne da questão

O problema, na verdade, é antigo. Diz aí, faz sentido o trabalhador ter que bancar do próprio bolso a limpeza do equipamento de trabalho? O uniforme não é um mero detalhe – é item de segurança, de identificação e, claro, de higiene. Principalmente numa área crítica como a saúde.

A decisão judicial foi categórica. Deu 60 dias, sabia? Sessenta dias corridos para a prefeitura implementar um sistema decente de higienização. E olha, se não fizer... a multa é daquelas que dói no bolso: R$ 5 mil por dia de atraso. Aviso dado é aviso cumprido.

E o que muda na prática?

Bom, a expectativa é que os profissionais do SAMU finalmente tenham um peso a menos nas costas. Literalmente. Sem essa neura de levar trabalho sujo para casa – que, convenhamos, nesse caso é mais do que sujeira, é uma questão de saúde pública.

O MPT comemorou a decisão, como era de se esperar. E não é pra menos! É uma vitória que parece pequena, mas que ressalta um princípio básico, often overlooked: a obrigação do empregador de fornecer condições dignas. Às vezes a gente se acostuma com o absurdo, e esquece que o óbvio também precisa ser dito, e cobrado.

Resta saber se a prefeitura vai cumprir direitinho o prazo ou se vamos ver uma nova rodada na Justiça. Torçamos para que a sensibilidade – e o medo da multa – prevaleçam. Afinal, cuidar de quem cuida de nós é o mínimo.