Um prefeito no estado do Pará causou revolta após fazer declarações consideradas ofensivas contra religiões de matriz africana. Em um discurso público, o gestor municipal associou essas crenças a "coisas do inferno", gerando forte reação de líderes religiosos, movimentos sociais e, posteriormente, da Câmara de Vereadores local.
O caso ganhou destaque nas redes sociais e na imprensa regional, com muitas críticas ao posicionamento do prefeito, acusado de intolerância religiosa. A Câmara Municipal se manifestou oficialmente, repudiando as falas e destacando a importância do respeito à diversidade religiosa no país.
Segundo informações, o prefeito teria feito os comentários durante um evento oficial, quando abordava temas sobre moralidade e valores familiares. As declarações foram interpretadas como um ataque direto às religiões afro-brasileiras, que têm grande representatividade na cultura paraense.
Em nota, a Câmara Municipal afirmou que "tais manifestações são incompatíveis com o exercício da função pública e ferem os princípios constitucionais de liberdade religiosa". Parlamentares já discutem a possibilidade de medidas mais enérgicas contra o prefeito.
Especialistas em direito constitucional lembram que a Constituição Federal garante a liberdade de crença e proíbe qualquer forma de discriminação religiosa. Casos como este podem configurar violação dos princípios do Estado laico.
O episódio reacendeu o debate sobre intolerância religiosa no Brasil, especialmente contra religiões de origem africana, que frequentemente são alvo de preconceito e violência. Autoridades religiosas e defensores dos direitos humanos cobram uma retratação pública do prefeito.
