
Numa fala que mistura indignação e orgulho, o deputado Mozart Sales (PL-AC) não poupou críticas à recente sanção dos Estados Unidos contra o programa Mais Médicos. "É um ataque sem pé nem cabeça", disparou, durante entrevista coletiva em Brasília.
Segundo ele, a medida americana — que restringe médicos cubanos no programa — ignora completamente a realidade das comunidades mais vulneráveis do Brasil. "Já vi de perto o que esses profissionais fazem no interior do Amazonas, no sertão nordestino... lugares onde o SUS era só uma sigla bonita no papel."
Números que falam por si
Com dados na ponta da língua, Sales destacou:
- 18 milhões de brasileiros atendidos em áreas remotas
- Redução de 65% nas filas de especialistas
- 3.785 municípios beneficiados desde 2013
"Querem falar em interferência?", questionou, erguendo a voz. "Isso aqui é solidariedade entre povos, é cuidar de quem sempre foi invisível."
O outro lado da moeda
Entre os presentes, uma médica que pediu anonimato comentou: "Trabalhei 5 anos no programa. Se os EUA soubessem quantas crianças deixaram de morrer por diarréia no Maranhão...". A frase ficou suspensa no ar, enquanto ajustava o jaleco com um gesto nervoso.
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização:
- De um lado, quem vê "intervenção estrangeira"
- De outro, postagens emocionadas de pacientes agradecidos
- E no meio, especialistas discutindo os detalhes jurídicos da sanção
"Polêmica à vista", resumiu um analista político, mastigando as últimas notícias no celular. Resta saber como o Itamaraty vai reagir — e se o programa, de fato, sofrerá impactos práticos.