
Eis que a política paulistana resolveu dar um passo… digamos, interessante nesta quarta-feira (10). Algo que vai fazer mais do que alguns suspiros pela cidade.
Os vereadores da capital aprovaram, em primeira discussão, um projeto que estende o direito ao reembolso de despesas médicas aos dependentes dos procuradores do município. Sim, leu bem: até R$ 35 mil por ano para cada um.
Parece bom, né? Quem não gostaria de ter uma rede de apoio dessas? Mas calma—a coisa não é tão simples quanto aparenta.
Como funciona o benefício?
Atualmente, apenas os procuradores themselves tinham acesso a esse auxílio. Agora, a coisa muda de figura. Se aprovado em segunda votação—e a menos que alguém apareça com um recurso surpresa—, cônjuges, companheiros e filhos poderão também ser reembolsados.
- Valor anual: R$ 35 mil por dependente
- Cobertura: consultas, exames, cirurgias e tratamentos
- Quem paga? O município, claro. Ou melhor: nós.
Nada mal para um país onde muita gente ainda depende exclusivamente do SUS, não é mesmo?
E o debate? Teve?
Teve—mas foi daqueles bem comportados. Nada de ânimos exaltados ou argumentos furiosos. A proposta, de autoria do ex-vereador Antonio Donato (hoje no PT), seguiu numa boa. Quase um passeio no parque Ibirapuera.
Mas não se engane: por trás da tranquilidade, há vozes críticas. Alguns questionam o timing. Afinal, São Paulo enfrenta desafios sérios em saúde pública. Será mesmo a hora de ampliar benefícios para um grupo já privilegiado?
Pensando bem… quem nunca?
E agora?
A proposta ainda precisa passar por uma segunda votação—e se aprovada de novo, segue para sanção ou veto do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Alguém duvida que vá ser sancionada?
Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: será que outros categorias vão começar a cobrar tratamento igualitário? Porque é assim que começa…
Fato é: a Câmara de São Paulo deu mais um passo na direção de ampliar direitos—ou privilégios, dependendo de quem fala. E a cidade toda fica observando.