Mãe do rapper Oruam é afastada da Câmara de Belford Roxo: entenda o caso
Mãe do rapper Oruam afastada da Câmara de Belford Roxo

O clima na Câmara Municipal de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, está mais tenso do que o trânsito na Avenida Brasil em horário de pico. Rosilene Miranda, conhecida por ser mãe do rapper Oruam, teve seu cargo comissionado suspenso — e a poeira ainda não baixou.

Segundo fontes próximas ao caso, o afastamento veio após uma série de desentendimentos internos. Não foi um "puxão de orelha" qualquer, mas uma decisão que pegou muitos de surpresa. Afinal, Rosilene não era exatamente uma figurante nesse teatro político.

E agora? O cargo de assessora parlamentar, que ela ocupava, ficou vago. A justificativa oficial? "Interesse da administração". Mas quem acompanha o jogo político da região sabe que, entre as linhas, há muito mais história.

O que rolou de verdade?

O baile todo começou quando Rosilene — que tem uma trajetória ligada à militância social — começou a se destacar demais para o gosto de alguns. Em política, como no funk, quando o beat muda, alguém sempre tropeça.

Alguns dizem que foi questão de tempo. Outros murmuram sobre pressões externas. Fato é que, na quarta-feira (15), o presidente da Câmara, Paulo Santos, assinou o ofício de afastamento. Sem rodeios, sem festa.

"É aquela velha história", comenta um servidor que prefere não se identificar. "Quando a música para, alguém sempre cai do palco."

E o povo?

Nas redes sociais, a notícia explodiu como pipoca no micro-ondas. De um lado, defensores da medida. De outro, quem vê perseguição política — principalmente pelo histórico familiar de Rosilene.

Seu filho, o rapper Oruam, não é exatamente um desconhecido. Com letras que falam da realidade da periferia, ele virou voz de uma geração. E, em política como no rap, nome tem peso.

Enquanto isso, na sede da Câmara, o silêncio é mais barulhento que um caixa eletrônico sendo arrombado. Ninguém comenta, ninguém explica. Só o vento — e os boatos — circulam pelos corredores.

Uma coisa é certa: em Belford Roxo, a política nunca foi esporte para espectadores. E essa partida, pelo jeito, está longe do apito final.