
E então, a pá de cal finalmente desceu. Nesta quinta-feira, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral colocaram um ponto final — pelo menos neste capítulo — no processo contra Jair Bolsonaro envolvendo aquela polêmica reunião com embaixadores.
O placar? Sete a dois pela absolvição. Só dois votos pela condenação, vindo dos ministros Floriano e Benedito Gonçalves. O resto do plenário seguiu outro caminho.
Carmen Lúcia e Zanin — ah, esses dois eram realmente as peças que todo mundo observava com lupa — votaram pela inocência do ex-presidente. Zanin, nomeado por Bolsonaro, manteve-se fiel à linha que já havia adotado antes. Carmen, por sua vez, surpreendeu alguns ao acompanhar a maioria.
Não foi uma decisão unânime, longe disso. Floriano de Azevedo Marques defendeu que Bolsonaro abusou do poder político naquela reunião. Benedito Gonçalves concordou. Mas a maioria entendeu que não havia prova suficiente de que o evento teve impacto direto nas eleições.
O caso todo gira em torno do encontro de julho do ano passado, quando Bolsonaro — então presidente — recebeu diplomatas no Palácio da Alvorada e criticou publicamente o sistema eletrônico de votação. A oposição viu aquilo como claro uso da máquina pública em benefício próprio.
E Agora, José?
Com essa decisão, Bolsonaro escapa de uma condenação que poderia torná-lo inelegível por oito anos. Oito anos! Isso significaria ficar de fora das eleições de 2026, algo que certamente mudaria todo o tabuleiro político.
Mas calma lá. Isso não significa que todos os processos contra ele acabaram. Ainda há outras ações correndo no TSE — inclusive uma sobre os ataques às urnas eletrônicas que partiu do PDT.
O jogo político continua, e cada peça movida no xadrez do tribunal reverbera nos corredores do poder. Os aliados de Bolsonaro comemoram, enquanto a oposição já fala em recorrer — porque em política, como no futebol, o jogo só termina quando o juiz apita pela última vez.
E assim segue a nossa democracia: entre votos, recursos e muita, muita tensão.