
O clima entre Washington e Brasília está mais gelado que um inverno no Alasca. E não, não é exagero. O governo Trump soltou o verbo nesta sexta-feira (1º) e chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de "juiz ativista" — e olha que essa foi a parte educada.
Não contentes com a farpa, os americanos ainda deixaram no ar a possibilidade de novas sanções contra autoridades brasileiras. Ameaça velada? Quase explícita. O Departamento de Estado não confirmou nem negou, mas o recado foi dado: a paciência com o Brasil está no limite.
O que está por trás do ataque?
Fontes próximas ao Itamaraty contam, sob condição de anonimato, que a irritação americana vem de longe. Moraes virou o calo do governo Trump desde que começou a investigar fake news e ataques à democracia — coincidência ou não, temas caros à administração atual.
- Em maio, o STF determinou a suspensão de contas ligadas a bolsonaristas
- No mês passado, bloqueios atingiram até perfis de congressistas americanos
- A Casa Branca teria feito lobby pesado, sem sucesso, para reverter as decisões
"Eles acham que o ministro está excedendo seu papel", explica um diplomata que prefere não se identificar. "Mas aqui é Brasil, meu amigo. Aqui as coisas funcionam diferente."
E agora, José?
O Palácio do Planalto tenta apagar o incêndio com um copo d'água. Oficialmente, diz que "respeita as instituições" e que o assunto é "jurisdicional". Traduzindo: não vai meter a colher.
Já no Congresso, a reação foi mais... digamos, calorosa. Líderes governistas compararam Trump a "criança birrenta", enquanto a oposição aproveitou para cutucar: "Quem mandou flertar com extremistas?"
Enquanto isso, nas redes sociais, a briga virou meme. De "Moraes x Trump: o duelo do século" até montagens do ministro como super-herói — o brasileiro não perde a piada nem na crise.
O que esperar?
Analistas ouvidos pelo G1 divergem. Uns acham que é blefe — "sanções contra o Brasil? Jamais!". Outros lembram que Trump já surpreendeu antes e pode bater o martelo a qualquer momento.
Uma coisa é certa: as relações bilaterais, que já não estavam lá essas coisas, agora têm mais um capítulo tenso. E olha que 2025 mal começou...