Governador Tarcísio dispara contra Alexandre de Moraes em ato na Paulista: “O STF precisa de limites”
Tarcísio critica STF e Moraes em ato na Paulista

O governador paulista Tarcísio de Freitas soltou o verbo neste domingo durante manifestação na Avenida Paulista. E não foi pouco. Diante de uma multidão, ele disparou críticas duríssimas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes — e não poupou a corte como um todo.

«O STF precisa entender que há limites», afirmou Tarcísio, com a voz carregada de uma emoção que surpreendeu até seus aliados mais próximos. Um deles, que preferiu não se identificar, resumiu a fala do governador em uma frase: «Ele falou com o coração na mão».

O clima? Tenso. O cenário? Icônico. A Avenida Paulista testemunhou mais um capítulo desse embate político-judiciário que parece não ter fim à vista.

O cerne da crítica

Tarcísio não mediu palavras ao abordar o que chamou de «judicialização excessiva da política». Na visão dele, o Supremo tem invadido competências que seriam do Congresso Nacional — e isso, claro, não poderia ficar sem resposta.

«Não podemos aceitar que um poder sobrepouse o outro», declarou, arrancando aplausos da plateia. «O Legislativo precisa funcionar, e o Judiciário precisa respeitar.»

Uma fala corajosa? Temerária? Depende de que lado você está. Mas inegavelmente direta.

O contexto que poucos viram

Por trás das câmeras, aliados revelam que Tarcísio vinha preparando esse discurso há semanas. A gota d'água? Uma série de decisões recentes do STF que, na avaliação do governador, ultrapassaram a linha tênue entre julgar e legislar.

Não foi um rompante. Foi calculado. Estrategicamente pensado. E, acima de tudo, sincero — pelo menos é o que garantem seus assessores.

«Ele estava incomodado há tempos», contou um auxiliar. «Mas escolheu o momento certo para falar.»

As reações que ainda ecoam

Do outro lado, o silêncio — por enquanto. O Palácio do Planalto e o STF não se manifestaram oficialmente sobre as declarações. Mas nos corredores do poder, sussurros já circulam.

Há quem veja nas palavras de Tarcísio um prenúncio de crises futuras. Outros encaram como mero posicionamento político, algo comum em tempos de polarização acirrada.

Uma coisa é certa: o governador paulista não falou sozinho. Suas palavras ecoaram sentimentos de parte expressiva de seu eleitorado — e isso, em política, nunca é pouco.

Resta saber qual será o próximo movimento nesse jogo de xadrez institucional. O STF responderá? O Congresso se mobilizará? O tempo — esse sim, implacável — dirá.