
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira (17) o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para anular a delação premiada de Mauro Cid, ex-assessor militar da Presidência da República.
Em sua decisão, Moraes destacou que o acordo de colaboração foi firmado dentro dos trâmites legais e que não há indícios de irregularidades no processo. "A delação foi homologada com base em provas concretas e seguindo todos os requisitos legais", afirmou o ministro.
O que diz a delação de Mauro Cid?
Mauro Cid, que foi preso em maio de 2023, fechou acordo com a Justiça e passou a colaborar com as investigações sobre supostas irregularidades no governo Bolsonaro. Entre os pontos abordados em sua delação estão:
- Possível interferência em investigações policiais
- Suspeitas de tráfico de influência
- Relações com empresários investigados
Impactos políticos da decisão
A manutenção da delação premiada deve reforçar as investigações que envolvem o ex-presidente e seu círculo próximo. Especialistas apontam que as revelações de Cid podem trazer novas informações sobre casos ainda em andamento.
"Esta decisão consolida o processo de colaboração premiada como instrumento importante no combate à corrupção", analisou o jurista Carlos Silva, professor de Direito Constitucional.
O caso continua sob sigilo judicial, mas novas revelações devem surgir nos próximos meses conforme avançam as investigações.