Moraes mantém suspensão da Taxa do Agro, mas libera obras já contratadas em Goiás
Moraes mantém suspensão da Taxa do Agro em Goiás

Em uma decisão que equilibra os interesses do setor agrícola e a legalidade dos contratos públicos, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a suspensão da lei que instituía a chamada Taxa do Agro em Goiás. No entanto, em uma virada importante, o magistrado liberou a continuidade das obras que já haviam sido contratadas pelo governo estadual antes da liminar.

O que estava em jogo na decisão

A polêmica lei estadual, que previa a cobrança de uma taxa específica do setor agropecuário, havia sido suspensa por uma liminar em outubro. Agribusiness alegava que a medida representava ônus excessivo para o setor, enquanto o governo defendia a necessidade dos recursos para financiar projetos de infraestrutura.

Na análise do recurso, Moraes considerou que "a manutenção da suspensão da lei se faz necessária para evitar lesão ao erário e ao princípio da isonomia tributária", mas ponderou que "as obras em andamento não podem ser prejudicadas, sob risco de prejuízo ao interesse público".

Impacto prático da decisão

  • Para o agronegócio: Alívio imediato com a manutenção da suspensão da taxa
  • Para o governo: Possibilidade de dar continuidade a projetos já contratados
  • Para a população: Garantia de que obras em andamento não serão paralisadas

Próximos passos do caso

Agora, o processo segue para análise do mérito pelo plenário do STF, onde será decidido se a lei é constitucional ou não. Enquanto isso, o governo de Goiás terá que buscar alternativas para financiar os projetos que dependiam da arrecadação da Taxa do Agro.

Especialistas em direito tributário avaliam que a decisão de Moraes estabelece um importante precedente para casos semelhantes em outros estados, equilibrando a necessidade de arrecadação com a proteção aos contribuintes.