
Numa noite que misturou protocolo e política com um toque de resistência institucional, o presidente Lula recebeu ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para um jantar privado no Palácio do Planalto. O clima? Nem um pouco casual — era resposta direta às recentes sanções impostas pelo ex-presidente americano Donald Trump contra o ministro Alexandre de Moraes.
"Quando as instituições são atacadas, a resposta tem que ser unida", comentou um assessor presidencial sob condição de anonimato. E unida foi: dos 11 ministros, 8 marcaram presença — incluindo Moraes, claro, cuja expressão serena escondia o peso das últimas semanas.
O cardápio da resistência
Enquanto serviam moqueca de camarão (dizem que era especialidade do chef), os diálogos giravam em torno de três eixos:
- O timing perfeito: O encontro ocorreu menos de 48h após o anúncio das sanções
- O subtexto geopolítico: Um recado claro sobre soberania nacional
- O efeito colateral: Como isso impactaria as relações Brasil-EUA em 2026
Numa mesa separada, garçons repuseram água mineral enquanto dois ministros discutiam — em tom baixo, mas visivelmente animado — sobre um precedente perigoso: "É como abrir a Caixa de Pandora das ingerências internacionais", teria dito um deles.
O elefante na sala (que ninguém ignorou)
Diferente do que se vê em certos jantares diplomáticos, o assunto Trump não foi evitado. Pelo contrário. Fontes próximas relatam que Lula, entre um gole de vinho tinto e outro, fez questão de chamar as sanções de "atitude desesperada de quem não aceita perder".
E os ministros? Bem, a postura foi de cautela pública — mas com firmeza institucional por baixo do pano. "O STF não se curva a pressões externas", teria afirmado um dos presentes, enquanto ajustava o guardanapo no colo.
O que fica claro é isso: enquanto lá fora a poeira ainda não baixou da tempestade Trump, dentro do Planalto serviu-se um prato quente de união entre os Poderes. Resta saber se o sabor vai durar além da sobremesa.