
O plenário do Supremo parecia respirar história novamente. Fachin assumiu a cadeira que já foi de Teori Zavascki — e carregou consigo não apenas a toga, mas o peso das expectativas. O que ele diria? Que rumo tomaria?
Ah, e ele não economizou nas palavras. Logo de cara, deixou claro que não veio para fazer média. "A Constituição não é um convite à inação", disparou. Uma frase que, convenhamos, soa como um tapa de luva em quem ainda acha que o STF pode ficar de braços cruzados.
Os três pilares do discurso
O ministro estruturou seu pensamento em três eixos principais — e aqui vai minha interpretação, tá?
- Democracia como processo contínuo: Não basta ter eleições, diz ele. É preciso que as instituições funcionem de verdade
- Direitos fundamentais inegociáveis: Fachin foi enfático ao defender que certas conquistas não podem retroceder — nem um milímetro
- Diálogo entre os Poderes: Mas com um detalhe importante: diálogo não significa submissão
Parece óbvio? Talvez. Mas no contexto atual, soa quase revolucionário.
As mensagens entre as linhas
O que me chamou atenção — e aqui vou além do óbvio — foram os silêncios eloquentes. Fachin falou bastante sobre "resistência constitucional", um conceito que, francamente, dá pano pra manga. Basicamente, significa que o STF não pode se curvar a pressões passageiras, mesmo quando vêm de outros Poderes.
Numa passagem particularmente saborosa, ele citou que "o povo não é massa de manobra". Alguém aí pensou em certos projetos de lei em tramitação? Pois é.
O que esperar do novo ministro?
Bom, Fachin já tem histórico — lembra das decisões sobre terras indígenas e combate à corrupção? Agora, com mais visibilidade, sua voz pode ganhar ainda mais peso.
Analisando friamente: ele chega num momento delicadíssimo para o Judiciário. Críticas de todos os lados, pressão política nas alturas, e uma sociedade que parece cada vez mais cética em relação a todas as instituições.
Seu desafio será navegar essas águas turbulentas sem perder o rumo — ou a paciência.
Uma coisa é certa: o Supremo ganhou um personagem que não fala apenas para seus pares, mas para o país. Resta saber quem está ouvindo.