
O placar estava definido antes mesmo da votação começar. Numa daquelas jogadas que todo mundo já esperava, mas que ainda arranca suspiros, o ministro Edson Fachin foi eleito presidente do STF nesta quarta-feira (14). E olha que não foi surpresa pra ninguém — o cara tava na fila desde que o mundo é mundo, ou pelo menos desde 2015, quando chegou ao Supremo.
Com 57 anos e uma carreira que mistura academia e togas, Fachin assume o posto mais cobiçado do Judiciário brasileiro no dia 12 de outubro. Sim, Dia das Crianças. Coincidência? Quem sabe. O certo é que ele vai herdar um STF que parece mais um campo minado do que um tribunal — e a gente sabe como essas coisas podem explodir na cara.
O jogo interno do Supremo
Na eleição que parecia mais combinada que jogo de futebol de várzea, Fachin levou 10 votos. O único que fugiu do script foi o do ministro Kassio Nunes Marques, que preferiu bancar o rebelde e votar em Dias Toffoli. Mas convenhamos: era como esperar que um goleiro defendesse um pênalti cobrado por Neymar.
E não pense que foi só mera formalidade. O clima lá dentro tá mais carregado que ar-condicionado de shopping em dezembro. Fachin vai precisar de toda a sua experiência — e um tanto de jogo de cintura — para conduzir esse time de ministros que, às vezes, parecem mais rivais que colegas de trabalho.
Os desafios pela frente
Entre os pepinos que esperam pelo novo presidente:
- A reforma do Judiciário, que tá emperrada faz tempo
- Os processos que envolvem políticos poderosos — e aí a pressão é garantida
- A relação com o Congresso, que anda mais conturbada que casamento em crise
E tem mais: Fachin vai comandar o STF durante as eleições municipais do ano que vem. Se tem uma coisa que a gente aprendeu nos últimos anos, é que o Supremo e eleições formam uma combinação mais explosiva que fósforo e gasolina.
Ah, e não podemos esquecer da vice-presidência, que ficou com o ministro Luís Roberto Barroso. Juntos, eles formam uma dupla que promete — ou pelo menos é o que todo mundo espera — trazer um pouco de estabilidade para o tribunal.
No final das contas, o que resta é esperar. Fachin tem fama de técnico e ponderado, mas o STF nos últimos anos tem sido qualquer coisa menos previsível. Será que ele consegue mudar esse jogo? A torcida — ou melhor, o país — está de olho.