
Eis que o placar se define: 8 votos a 1. Numa quinta-feira que já entra para os anais do Judiciário, Edson Fachin — aquele mesmo que você viu nos holofotes durante os julgamentos mais polêmicos dos últimos anos — conquista o cargo máximo do STF. Não foi surpresa, mas também não foi mera formalidade. A disputa tinha seu tempero.
O ministro que já deixou marcas profundas em decisões sobre direitos indígenas e combate à corrupção agora assume o leme do barco mais importante da Justiça brasileira. E olha, o mar não está nada calmo.
O que esperar do novo comando?
Fachin não é exatamente um novato nesse tabuleiro. Com quase uma década de Supremo nas costas, ele chega à presidência num momento... digamos, peculiar. O Judiciário brasileiro vive aquela fase de transição — sabe quando você troca de emprego e leva um tempão pra se acostumar? Pois é.
- Reforma administrativa: Aquele elefante na sala que ninguém quer encarar
- Pautas polêmicas: De direitos indígenas a processos eleitorais, a lista é longa
- Relacionamento com outros poderes: Sempre aquele clima de 'nós contra eles'
Ah, e tem detalhe: Fachin vai comandar o TSE nas eleições municipais do ano que vem. Coincidência? A gente duvida.
Os bastidores da eleição
Nos corredores do Supremo, o papo era outro. O placar apertado — oito a um, com Nunes Marques votando em Dias Toffoli — mostrou que nem tudo são flores. Mas convenhamos: Fachin tinha o jogo ganho desde que Rosa Weber anunciou que não disputaria a reeleição.
"Ele é o nome da vez", comentou um assessor que prefere não se identificar (óbvio). "Tem perfil conciliador, mas não foge da briga quando precisa."
E agora? O novo presidente assume em novembro, mas a transição já começou. Resta saber se ele conseguirá navegar entre as pressões políticas e manter o barco no rumo certo. Ou será que o STF está prestes a entrar em águas ainda mais turbulentas?