Fachin Assume o Comando do STF: Os Desafios que Aguardam o Novo Presidente do Supremo
Fachin assume presidência do STF nesta segunda-feira

O Supremo Tribunal Federal tem um novo capitão ao leme. Nesta segunda-feira, 29 de setembro, Edson Fachin recebeu a faixa presidencial em uma cerimônia que misturou solenidade jurídica com aquele peso político que a gente já conhece bem por aqui.

E não foi qualquer troca de comando. Fachin substitui Luís Roberto Barroso, que completou seu biênio à frente da Corte. A transição aconteceu no plenário do STF, com aquela atmosfera carregada de expectativa que sempre cerca essas mudanças no topo do Judiciário.

Da terra roxa ao plenário: a trajetória de Fachin

Natural de Rolândia, no Paraná, Fachin carrega consigo mais do que diplomas - traz uma história. Filho de agricultores, ele construiu uma carreira acadêmica sólida antes de chegar ao Supremo. E olha, não foi pouco: doutorado pela USP, professor titular da Universidade Federal do Paraná... o currículo impressiona.

Mas o que realmente marca sua trajetória são aquelas decisões que ecoam além dos autos. Quem não se lembra do julgamento que anulou as condenações de Lula? Fachin foi o relator, e aquela decisão mudou completamente o jogo político em 2021. Não foi pouca coisa, convenhamos.

Os desafios que não cabem na agenda

Agora, sentar na cadeira de presidente é outra história. A lista de pendências é daquelas que assustariam qualquer um. Vamos lá:

  • O eterno debate sobre reforma política - aquela que nunca sai do papel
  • Os conflitos entre os Três Poderes, que parecem só aumentar
  • A pressão por transparência no Judiciário, cada vez mais forte
  • E aquela pilha de processos que não para de crescer

Parece brincadeira, mas é a realidade nua e crua que espera pelo novo presidente.

O discurso que promete mudanças

Em seu primeiro pronunciamento como presidente, Fachin deixou claro que não veio para fazer média. "A independência judicial não é negociável", disparou, com aquela firmeza que já conhecemos. E completou: "O STF não é arena política, é guardião da Constituição".

Mas o que mais chamou atenção foi seu compromisso com a agilidade processual. Ele prometeu modernizar o tribunal, usando tecnologia para desafogar aquela montanha de processos que se acumula. Alguém duvida que é preciso?

Entre os planos anunciados, destaque para a digitalização completa dos processos e a revisão do regimento interno. Coisas que parecem simples, mas que no STF têm o peso de uma decisão histórica.

O que esperar dos próximos dois anos?

Especialistas ouvidos pela reportagem são unânimes em um ponto: Fachin herdou um tribunal dividido. As famosas "trincheiras ideológicas" dentro do STF estão mais evidentes do que nunca.

Mas tem um aspecto interessante: sua experiência como professor pode ser justamente o diferencial que o tribunal precisa. Fachin tem fama de conciliador, de saber ouvir todos os lados antes de decidir. E convenhamos, depois de tempos tão polarizados, um pouco de diálogo não faz mal a ninguém.

O certo é que os próximos meses serão decisivos. Com eleições municipais se aproximando e uma série de ações importantes na pauta, o novo presidente terá pouco tempo para aquecer o assento.

Restam dúvidas? Claro que sim. Mas uma coisa é certa: o STF nunca foi tão central na vida política nacional, e todos os holofotes estarão voltados para o homem que agora comanda a Corte.