
Os advogados de Cid Gomes resolveram dar um passo ousado — e digo isso porque não é todo dia que se mexe com o Supremo Tribunal Federal. Eles entraram com uma petição urgente pedindo a retirada da famosa tornozeleira eletrônica que o ex-governador do Ceará vem carregando no tornozelo.
O argumento principal? Alegam que não há mais necessidade para aquela pulseira tecnológica, já que Cid não representa risco de fugir ou atrapalhar as investigações. Parece até aquela situação chata de esperar o ônibus que nunca chega — só que, no caso, é a espera pelo julgamento final.
O contexto por trás do pedido
A coisa toda começou com aquele processo relacionado aos atos de janeiro de 2020, lembra? Pois é. Cid foi condenado em primeira instância, mas a defesa recorreu e agora a bola está com o Superior Tribunal de Justiça. Enquanto isso, ele fica nesse limbo judicial — nem totalmente livre, nem preso.
Os advogados foram direto ao ponto: querem que o ministro Dias Toffoli, do STF, avalie se não rola dar uma relaxada nessa vigilância toda. Eles garantem que o ex-governador comparece a todos os atos processuais direitinho, não ameaça testemunhas e muito menos tenta sumir do mapa.
O que diz a defesa
Segundo a equipe jurídica, a tornozeleira virou basicamente um acessório desnecessário. "Não há justificativa para manter medidas restritivas tão severas", afirmam, com aquele tom de quem já cansou de explicar o óbvio. E completam: "Ele já cumpriu parte da pena em regime semiaberto, então qual o sentido de continuar monitorado 24 horas por dia?"
É aquela velha história — será que estamos exagerando na precaução? Às vezes me pergunto se não estamos transformando dispositivos eletrônicos em símbolos de controle além do necessário.
Os próximos passos
Agora a bola está com o ministro Toffoli, que vai analisar se libera o ex-governador dessa vigilância digital ou se mantém tudo como está. Enquanto isso, Cid Gomes segue sua vida — mas com aquele lembrete tecnológico no pé.
O caso dele me faz pensar sobre como a justiça lida com figuras públicas em processos judiciais. Até que ponto medidas restritivas são realmente necessárias? É uma discussão que vai muito além desse caso específico.
E você, o que acha? Tornozeleira eletrônica é medida de segurança necessária ou excesso de zelo em alguns casos? A questão é mais complexa do que parece — como quase tudo no direito brasileiro.