Como o presidente do STF é eleito? Entenda o rodízio por idade e os bastidores da escolha
Como o presidente do STF é escolhido? Entenda o rodízio

Você já parou pra pensar como é definido quem vai comandar o Supremo Tribunal Federal? Pois é, não é um sorteio, nem uma eleição convencional — tem um método bem peculiar, e a idade dos ministros acaba sendo peça-chave nesse quebra-cabeça.

O jogo das cadeiras giratórias

Imagine um carrossel, mas em vez de cavalinhos coloridos, são togados que rodam no comando. A cada dois anos, o STF elege seu novo presidente seguindo uma regra não escrita (mas seguida à risca): o ministro mais velho que ainda não assumiu o cargo tem preferência. Simples assim? Quase.

O critério da antiguidade é só o começo. Na prática, rola uma dança política complexa nos bastidores. Os ministros mais novos costumam articular apoios, enquanto os veteranos — aqueles que já passaram pela presidência — viram conselheiros informais. E olha que interessante: desde 2008, quando o sistema foi consolidado, nunca houve quebra dessa tradição.

Por que a idade importa?

Parece coisa de escola, onde o aluno mais velho vira monitor, mas no STF a lógica é outra. A ideia é garantir que todos tenham sua vez — um rodízio democrático entre os 11 ministros. Mas tem um detalhe saboroso: como as nomeações são vitalícias, alguns podem esperar décadas pela vez.

  • Primeiro critério: antiguidade no cargo
  • Segundo filtro: nunca ter presidido
  • Fator desempate: idade cronológica

E não pense que é só formalidade. O presidente do STF tem poder pra dar nó em pingo d'água: define pautas, comanda sessões e representa o Judiciário nacional. Em tempos de crise política, vira praticamente um mediador de briga de torcida organizada.

Os bastidores que você não vê

Nos corredores do Supremo, o clima esquenta quando a eleição se aproxima. Alguns ministros fazem campanha discreta, outros preferem o 'deixa a vida me levar'. Mas uma coisa é certa: quando chega a vez, dificilmente recusam. Afinal, quem não quer assinar como 'Presidente do STF' na história?

Curiosidade: o recorde de permanência no cargo é de 6 anos, mas isso foi em 1891! Hoje, com o rodízio de dois anos, ninguém fica tempo suficiente pra criar raízes. Talvez seja melhor assim — evita concentração de poder num só figurão.

E aí, o que achou desse sistema? Justo ou ultrapassado? Uma coisa é certa: enquanto a política lá fora parece um reality show, dentro do STF pelo menos a troca de comando segue um roteiro previsível. E no Brasil de hoje, isso já é algo.