E então, a Câmara decidiu mesmo tocar essa pauta polêmica. Numa votação que pegou muita gente de surpresa - ou não - os deputados deram aval inicial à tal da PEC que basicamente amplia a blindagem judicial deles mesmos. Conveniente, não?
O plenário aprovou em primeiro turno o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição 15/2025. Foram 339 votos a favor e 130 contra. Uma diferença considerável, mas que ainda deixa claro: a coisa não é unânime nem aqui nem na casa do chapéu.
O que muda na prática?
Pela proposta, deputados e senadores ganham uma proteção extra contra processos judiciais. Basicamente, criam uma espécie de escudo protetor que dificulta - e muito - a ação da Justiça contra parlamentares no exercício do mandato.
O relator, deputado Laércio Oliveira (PL-SE), defende a medida como necessária para "garantir a independência do Legislativo". Mas cá entre nós: será mesmo que é só isso? A oposição já grita que é puro casuísmo, uma manobra para proteger políticos de investigações.
O jogo político por trás da votação
O governo Lula conseguiu articular sua base - e como! - para garantir os votos necessários. A articulação foi tão intensa que lembrava aqueles dias de votação importante, com líderes partidários correndo de um lado para outro, negociando até o último minuto.
Do outro lado, a oposição fez coro: "É um absurdo!" - reclamavam deputados do PSDB e do União Brasil. Acusam o governo de querer blindar aliados sob investigação. E a gente fica pensando: quando que isso vai mudar mesmo?
E agora, o que esperar?
Ainda tem segundo turno na Câmara. Depois, a coisa segue para o Senado, onde a batalha promete ser ainda mais acirrada. A oposição já avisou que vai lutar com unhas e dentes para derrubar a proposta.
Enquanto isso, nas redes sociais, a população não perdoa. Críticas ferrenhas pipocam por todos os lados. O povo parece cansado de ver políticos se protegendo enquanto problemas reais do país ficam em segundo plano.
Resta saber se essa PEC vai mesmo virar realidade ou se vai acabar engavetada como tantas outras. No Congresso, sabe como é: hoje passa, amanhã pode cair no esquecimento. Mas uma coisa é certa: a discussão sobre privilégios no Judiciário está longe de acabar.
