Barroso pressiona: Brasil deve permanecer na Aliança Internacional para Memória do Holocausto
Barroso defende permanência do Brasil em aliança sobre Holocausto

Eis que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), resolveu cutucar a onça com vara curta. Num movimento que pegou até os mais atentos de surpresa, ele saiu em defesa ferrenha da permanência do Brasil na Aliança Internacional para Memória do Holocausto. Não é brincadeira — a coisa é séria e cheia de camadas.

"Tem certas portas que a gente não pode fechar", disparou Barroso, com aquela cara de quem já viu história demais para acreditar em amnésias convenientes. O Brasil, segundo ele, tem um papel chave nessa rede global que tenta — contra ventos e marés — evitar que o mundo dê um Ctrl+Z na memória do genocídio nazista.

Por que isso importa agora?

Num mundo onde negacionismo virou quase esporte olímpico, ficar de fora dessa aliança seria como entregar os pontos. Barroso não disse exatamente essas palavras, mas deu a entender que seria um tiro no pé histórico. O Brasil, afinal, já teve sua cota de imigrantes fugindo daqueles horrores — e esquecer isso seria apagar parte da nossa própria identidade.

O ministro, conhecido por não fazer rodeios, soltou um dado que dá frio na espinha: pesquisas mostram que 63% dos jovens brasileiros não sabem quase nada sobre o Holocausto. "Quando a gente para de contar essas histórias, elas morrem de verdade", lamentou, com a voz mais grossa que o normal.

O jogo político por trás da cena

Nos bastidores, rola uma dança das cadeiras diplomática. Alguns setores do governo federal estariam coçando a cabeça, questionando se vale a pena manter o país nesse tipo de aliança internacional. Barroso, porém, parece ter colocado o pé na porta antes que alguém tente sair sorrateiramente.

Não é todo dia que um ministro do STF mete o bedelho em assunto de política externa. Mas quando o tema é memória histórica, Barroso claramente acha que vale quebrar protocolos. "Algumas coisas transcendem governos", soltou, deixando no ar aquela sensação de que a conversa não vai morrer tão cedo.

Enquanto isso, nas redes sociais, a discussão esquenta. De um lado, os que acham que "brasileiro tem que se preocupar com o próprio quintelo". Do outro, quem lembra que Holocausto não foi "problema europeu", mas lição universal. Barroso, pelo visto, está no segundo time — e não tem medo de jogar pesado.