
Parece que o tabuleiro financeiro ganhou novas peças — e algumas delas estão com movimento restrito. Bancos brasileiros, aqueles que vivem de cifras e regulamentos, tiveram que afiar os lápis para desenhar um manual de sobrevivência depois que Donald Trump, aquele ex-presidente americano que não sabe ficar quieto, resolveu incluir o ministro Alexandre de Moraes na lista de sanções dos EUA.
Não é brincadeira. Quando o Tio Sam espirra, o sistema bancário mundial pega pneumonia. E agora? As instituições estão separando as operações em três gavetas:
- Liberadas sem burocracia: Salários, contas de luz e aquela transferência para o sobrinho no aniversário seguem normais. Alívio, né?
- Liberadas com olho gordo: Aqui entra tudo que cheira a valores altos — investimentos, compra de imóveis. Vai precisar de 15 assinaturas e um relatório mais detalhado que diário de adolescente.
- Bloqueadas sem dó: Qualquer coisinha que envolva dólar ou cheire a exterior? Esquece. O sistema já está programado para travar mais rápido que celular de 2015.
O pulo do gato (ou do banqueiro)
Os bancos — esses seres que normalmente se comunicam por notas de três páginas cheias de juridiquês — estão sendo surpreendentemente transparentes. Criaram até códigos internos que acendem luzinhas vermelhas quando alguém tenta fazer operações com as digitais do ministro. Parece filme de espionagem, mas é só o mercado tentando não levar um chute da SEC.
E tem mais: os compliance officers, aqueles fiscais de regrinhas que normalmente vivem atrás de cafezinho, estão com os nervos à flor da pele. Um me contou, sob condição de anonimato (claro): "É como se tivéssemos que montar um quebra-cabeça com as peças mudando de lugar a cada tweet do Trump".
E o Moraes nisso tudo?
O ministro — que normalmente não falta com opiniões — está mais quieto que convento de madrugada. Mas fontes próximas dizem que ele está "tranquilo". Será? Enquanto isso, os bancos fazem contorcionismos dignos de circo para não desagradar nem Washington nem Brasília.
No fim das contas, essa história toda tem um gosto amargo de politicagem internacional misturada com burocracia financeira. E o cidadão comum? Bem, esse continua pagando o pato — como sempre.