
Não deu outra. O PL de Recife decidiu cortar pela raiz — e sem muito rodeio — a permanência de seu presidente, conhecido por ser um dos "sanfoneiros" de Jair Bolsonaro. A medida, tomada em reunião tensa na noite desta quarta, pegou muitos de surpresa, mas não dá pra dizer que não estava no ar.
O agora ex-presidente, cujo nome virou sinônimo de lealdade ao ex-presidente, acumulava desgastes há meses. Entre as razões do afastamento, fontes do partido citam "falta de diálogo" e "posturas que desagregam". Alguém aí lembra daquela velha história de que política é como samba de uma nota só? Pois é.
O estopim
Detalhe curioso: o estopim teria sido uma série de declarações polêmicas nas redes sociais — coisa que, convenhamos, virou quase um esporte nacional nos últimos anos. Mas no PL, parece que a paciência acabou. "Chega de expor o partido a constrangimentos", teria dito um dos membros da executiva, segundo relatos.
E olha que o timing não poderia ser pior: a decisão acontece justamente quando o partido tenta se reposicionar no cenário político, tentando equilibrar apoio a Bolsonaro com uma imagem mais "institucional". Difícil, né?
E agora?
Enquanto isso, o ex-presidente do PL em Recife — que preferiu não comentar o caso — já estaria articulando seu próximo movimento. Na política, como se sabe, quando uma porta se fecha, outra (às vezes várias) se abrem. Resta saber se será dentro do próprio partido ou em novas paragens.
O interino assumiu com a missão de "pacificar" o partido. Boa sorte pra ele, porque em tempos de polarização, até o cafezinho na sede partidária anda dividido entre "de um lado" e "do outro".