
Eis que o Senado brasileiro, após um período de turbulências que parecia interminável, finalmente respira novos ares. Davi Alcolumbre, com aquela postura de quem não teme tempestades, anunciou a retomada das sessões plenárias — e deixou claro: o Parlamento não será refém de ninguém.
Não é segredo que os últimos meses foram um verdadeiro cabo de guerra político. Alguns achavam que o Senado ficaria paralisado indefinidamente, engolido por crises e disputas internas. Mas Alcolumbre, com um misto de pragmatismo e firmeza, cortou o nó górdio. "Chega de joguete", parece ter dito, ainda que sem usar exatamente essas palavras.
O que muda na prática?
Para começar, as sessões voltam com agenda prioritária — e olha que a lista não é pequena. Entre projetos econômicos e pautas sociais, o Senado terá trabalho de sobra para colocar em ordem. E o presidente deixou escapar, entre linhas, que não vai tolerar manobras protelatórias.
Ah, os bastidores... Dizem que alguns parlamentares torceram o nariz. Afinal, em tempos de polarização, há quem prefira o conflito à produtividade. Mas Alcolumbre, experiente como poucos, parece ter calculado cada movimento. "O país não pode esperar", teria dito em reuniões fechadas.
E as expectativas?
Bom, se depender do clima nos corredores, a retomada veio em boa hora. Com a economia dando sinais — alguns bons, outros nem tanto —, o Legislativo não tem o luxo de ficar patinando. Até porque, convenhamos, o relógio não para.
Resta saber como ficará o jogo de forças. Alcolumbre, conhecido por seu estilo conciliador, terá de equilibrar-se numa corda bamba. De um lado, pressões do Planalto; de outro, demandas da oposição. Mas se tem algo que aprendemos nos últimos anos é que o Senado sempre surpreende. Para bem ou para mal.
Uma coisa é certa: o plenário não será mais palco de um vazio ensurdecedor. As luzes estão acesas, os microfones ligados. Agora é torcer para que os discursos venham acompanhados de ações — porque o Brasil, convenhamos, já está de saco cheio de teatro político.