
Numa reviravolta que pegou muita gente de surpresa — mas que, convenhamos, não chega a ser exatamente inesperada —, Donald Trump resolveu dar pitaco no turbilhão político brasileiro. E olha que o assunto é quente: a condenação de Jair Bolsonaro pelo STF.
Numa daquelas declarações que só ele sabe dar, o ex-presidente americano não só confirmou que tá por dentro da parada como ainda soltou um "estou surpreso e insatisfeito". Traduzindo: ele não gostou nem um pouco do que viu.
Mas é claro que Trump não para por aí. Ele vai além e joga uma brabeira, dizendo que a decisão é "vergonhosa". Pra completar, ainda mete uma previsão daquelas que deixam todo mundo de cabelo em pé: "Vai assombrar o Brasil pelos anos vindouros". Dramático, não?
O que mais chama atenção, entre tantas coisas, é o timing da coisa. Trump, que também tá nadando em águas turbulentas com processos judiciais nos EUA, parece ter visto no caso brasileiro um espelho — ou um alerta. A semelhança entre as situações é, no mínimo, curiosa.
Não é só opinião — é estratégia
Longe de ser apenas um desabafo aleatório, a manifestação de Trump carrega um peso político considerável. Ele não é qualquer um falando — é uma das vozes mais influentes (e polarizadoras) da direita mundial. Quando ele fala, mercados tremeram, aliados comemoram e adversários se armam.
E isso nos leva a um ponto crucial: a condenação de Bolsonaro deixou de ser um assunto puramente brasileiro. Virou moeda de troca, termômetro político e assunto de mesa de bar internacional. Trump, com sua declaração, só jogou gasolina nessa fogueira.
Resta saber como — e se — essa solidariedade entre os dois ex-presidentes vai se desdobrar nos próximos capítulos. Porque uma coisa é certa: quando esses dois falam, o mundo para pra ouvir.