
O clima estava pesado, mas a notícia que saiu daquela sala fechada pode ser um verdadeiro divisor de águas. Numa jogada que pegou muita gente de surpresa, Donald Trump — sim, aquele mesmo — anunciou ter fechado um acordo preliminar para tentar dar um basta na guerra que está arrasando Gaza.
O ex-presidente americano, que nunca foi muito de ficar na dele quando o assunto é política internacional, recebeu Benjamin Netanyahu em sua propriedade na Flórida. E não foi um simples cafezinho entre velhos conhecidos. Longe disso.
O que realmente aconteceu na reunião?
Pelos relatos que vazaram — e olha, informação é commodity rara nesses círculos —, Trump estava particularmente animado. "Temos um acordo, um acordo muito importante", disse ele aos jornalistas, com aquele jeito característico de quem sempre acha que está fechando o negócio do século.
Mas calma lá, não é como se a paz no Oriente Médio fosse brotar magicamente amanhã. O acordo, segundo fontes próximas às negociações, envolve principalmente a liberação de reféns mantidos pelo Hamas. Um alívio, sem dúvida, para as famílias que vivem esse inferno há meses.
Os detalhes que importam
Eis o que se sabe até agora:
- Trump age como mediador informal, mas com pretensões sérias de influenciar o processo
- Netanyahu parece ter encampado a iniciativa, mesmo com todas as críticas que vem recebendo
- O timing é crucial — estamos a poucas semanas das eleições americanas
- O acordo foca na troca de prisioneiros e reféns, um primeiro passo tentador
Não é de hoje que Trump se mete nessa seara. Lembram quando ele se gabava de ser "o presidente que mais fez pela paz no Oriente Médio"? Pois é, ele claramente não abandonou esse sonho — ou seria ambição?
E as reações? Não foram nada tímidas
Do outro lado do espectro político, a resposta foi imediata e contundente. A Casa Branca atual, através da porta-voz Karine Jean-Pierre, praticamente torceu o nariz. "Só existe um presidente por vez", disparou, deixando claro que Biden não anda muito satisfeito com essa atuação paralela.
Mas cá entre nós: será mesmo surpresa? Trump sempre foi um operador fora do script convencional. Enquanto o governo atual tenta navegar as águas turbulentas da diplomacia tradicional, o ex-presidente prefere o caminho direto — e polêmico.
O que me faz pensar: em política internacional, às vezes os canais não oficiais conseguem abrir portas que a diplomacia tradicional não consegue. Ou será que estou sendo muito otimista?
O que esperar dos próximos capítulos
O fato é que essa movimentação acontece num momento delicadíssimo. Netanyahu enfrenta pressões internas monumentais, Trump quer se recolocar no centro do tabuleiro geopolítico, e a população de Gaza — ah, essa sofre há demasiado tempo.
Resta saber se esse "acordo muito importante" vai sair do papel ou se será mais uma promessa que se perde no emaranhado de interesses da região. Uma coisa é certa: o Oriente Médio nunca foi território para amadores, e as apostas estão altíssimas.
Fiquem de olho. Quando Trump e Netanyahu se encontram, as coisas podem pegar fogo — no bom e no mau sentido.