
Numa jogada que mistura diplomacia de cassino com economia de guerra, Donald Trump soltou o verbo em entrevista bombástica: quer enfiar uma faca no comércio russo caso Moscou não sente à mesa de negociações com Kiev. E não é faca pequena — estamos falando de taxar 100% em produtos russos, algo que faria até o vodka encarecer como whisky escocês.
O ex-presidente americano, que sempre tratou relações internacionais como reality show, parece ter trocado o Twitter por manuais de geopolítica. "Ou eles param essa palhaçada na Ucrânia, ou vamos estrangular a economia deles", disparou, com aquela cara de quem não está brincando — mas também não parece perder o sono por causa disso.
O xadrez econômico por trás da ameaça
Analistas ouvidos pelo JR na TV apontam que:
- A medida afetaria principalmente exportações russas de alumínio, aço e produtos químicos
- O preço do gás natural poderia dar mais um salto mundial
- Empresas europeias dependentes de insumos russos entrariam em pânico
Não seria a primeira vez que Trump usa tarifas como arma — lembra da guerra comercial com China? Mas desta vez, a aposta é mais alta. "Isso aqui é roleta russa com a economia global", comentou um economista que preferiu não se identificar, provavelmente com os nervos à flor da pele.
E o Brasil nessa história?
Pois é, meu caro. Num mundo globalizado, até o feirante da esquina sente quando os grandes brigam. Especialistas alertam:
- Preço dos fertilizantes pode disparar (e adivinha quem importa 85% do que usa?)
- O petróleo brasileiro ficaria mais competitivo, mas...
- Nossa indústria sofreria com custos maiores de produção
Numa daquelas ironias que só a política internacional proporciona, a medida que pretende acabar com uma guerra pode começar várias batalhas comerciais. E como dizia meu avô: "Quando elefantes brigam, o chão que se cuide" — no caso, o chão somos nós.