
Numa jogada que surpreendeu poucos — mas deixou muitos de cabelo em pé —, Donald Trump soltou mais uma de suas declarações bombásticas. Dessa vez, o alvo? Os países do BRICS. E olha que ele não veio com papo furado: prometeu um pacote de tarifas comerciais que, se implementado, pode virar o jogo econômico de ponta-cabeça.
"Vamos cobrar taxas pesadíssimas desses países", disparou o ex-presidente americano durante um comício em Iowa. A plateia, é claro, aplaudiu de pé. Mas aqui do lado de cá do Equador, a pergunta que não quer calar: como o Brasil sai nessa história?
O jogo das cadeiras musicais globais
Trump sempre foi um sujeito de... digamos, opiniões fortes sobre comércio internacional. Lembram daquela guerra comercial com a China? Pois é, parece que ele quer reacender as chamas — só que agora com um alvo maior no mirim.
Os BRICS, aquela turma do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (e agora mais um monte de países querendo entrar na festa), estão na mira. E olha que coisa: o timing não poderia ser mais delicado. Com a economia global dando sinais de cansaço, uma medida dessas seria como jogar gasolina na fogueira.
E o Brasil nisso tudo?
Nosso país, que já está fazendo malabarismos para equilibrar as contas externas, pode ter mais um problema para a lista. Especialistas ouvidos pela reportagem divergem — uns falam em "tempestade em copo d'água", outros já preveem "efeitos cascata devastadores".
"Depende muito de como seria implementado", explica a economista Marina Silva (não, não é aquela). "Se for algo genérico, pode pegar leve. Agora, se mirar setores específicos... aí a coisa complica."
O agronegócio, nosso carro-chefe nas exportações, está na linha de frente. Soja, café, carne — tudo que a gente manda pros EUA em quantidade poderia ficar mais caro lá. E adivinha quem paga a conta no final? Pois é.
Xadrez político ou blefe eleitoral?
Não dá pra ignorar o calendário. Com as eleições americanas se aproximando, Trump claramente quer mostrar músculo. Mas será que isso passa de retórica de campanha? Alguns analistas apostam que sim.
"Ele sempre usou o comércio como arma política", lembra o cientista político João Pedro Santos. "Mas entre falar e fazer... bem, aí já são outros quinhentos."
Enquanto isso, nos corredores do Itamaraty, o clima é de "vamos esperar pra ver". Oficialmente, o governo brasileiro não comentou — mas fontes próximas dizem que já começaram os cálculos de dano potencial.
Uma coisa é certa: se essas tarifas saírem do papel, 2025 promete. E não do jeito bom.