
O clima no comércio internacional pode esquentar — e muito — caso Donald Trump retorne à Casa Branca. O ex-presidente americano, que adora uma polêmica, soltou mais uma bomba: prometeu esmagar os países do BRICS com tarifas pesadas se for eleito em novembro.
Numa daquelas entrevistas que deixam economistas de cabelo em pé, Trump disparou: "Vou cobrar taxas absurdas desses países, principalmente da China". Mas o Brasil, que também faz parte do bloco, pode acabar levando um golpe indireto nessa briga.
O que está em jogo?
O BRICS — aquela turma formada por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — vem ganhando musculatura nos últimos anos. Só que, na visão do republicano, o grupo representa uma ameaça ao domínio econômico dos EUA.
"Eles estão nos engolindo", reclamou Trump, com seu jeito característico de exagerar. A solução? "Apertar o parafuso" nas relações comerciais.
E o Brasil nessa história?
Nosso país pode virar refém dessa briga de titãs. Especialistas ouvidos pelo R7 alertam:
- Exportações brasileiras de commodities podem sofrer retaliações
- O dólar pode disparar ainda mais, pressionando a inflação
- Investimentos estrangeiros podem murchar
"É como se preparasse uma tempestade perfeita", comenta um analista, pedindo para não ser identificado. "O timing não poderia ser pior, com nossa economia ainda se recuperando."
O outro lado da moeda
Nem todo mundo acha que o Brasil será tão afetado. Alguns economistas lembram que:
- Nossa relação comercial com os EUA não é tão intensa quanto a da China
- O agronegócio brasileiro tem mercados alternativos
- O governo pode buscar acordos bilaterais para se proteger
Mas, convenhamos: ninguém quer testar essa teoria na prática. Como dizia meu avô: "Entre a cruz e a espada, melhor nem se meter na briga".
Enquanto isso, o Itamaraty já está de olho no caso — embora evite comentários públicos. Afinal, como diz o ditado: "Em time que está ganhando, não se mexe". Só que, desta vez, o jogo pode virar de repente.