
E então, do nada, eis que Donald Trump resolve dar um daqueles seus tuítes — ou verdades, como ele gosta de chamar — que sacodem o tabuleiro geopolítico. Diz ele, com aquela segurança de quem tá com a faca e o queijo na mão, que um acordo para dar um basta na guerra em Gaza está pronto. Pronto mesmo, na gaveta, só esperando a assinatura.
Não foi um anúncio formal, longe disso. Parecia mais aquela conversa de boteco que vira notícia mundial. Ele soltou a bomba durante uma entrevista, casualmente, como se estivesse comentando o tempo. A reação não demorou: o mundo parou por um segundo para processar.
Os Detalhes que (Quase) Ninguém Viu
O que se sabe até agora — e é pouco, convenhamos — é que o acordo teria três fases. A primeira, um cessar-fogo imediato. A segunda, a troca de prisioneiros. A terceira… bem, aí é que mora o segredo. Reconstrução? Diálogo político? Ninguém confirmou.
O mais curioso é que a Casa Branca, pelo menos oficialmente, pareceu pega de surpresa. Será que Trump ainda puxa os fios de trás do palco? Ou é mais uma daquelas jogadas de marketing político, pra manter o nome na boca do povo?
E o Biden, hein?
O atual ocupante da Casa Branca, Joe Biden, reagiu com aquele cuidado típico de diplomata. Nem confirmou, nem negou. Disse apenas que "qualquer passo em direção à paz é bem-vindo", mas lembrou que acordos assim são "complexos e delicados". Quer dizer, óbvio, né? Gaza não é brincadeira de criança.
E os países da região? Egito e Qatar, que mediaram conversas antes, ficaram em silêncio. Israel nem se pronunciou. O Hamas, então, pareceu mais interessado em não queimar o filme — disseram que "avaliariam" a proposta. Sinal de que a coisa pode ser séria? Ou só mais um capítulo na novela sem fim?
Por que Agora?
É a pergunta que não quer calar. Trump não é mais presidente faz tempo. Mas ele sabe — e como sabe — que política internacional é palco. E palco precisa de holofote. Com as eleições americanas se aproximando, qualquer movimento no xadrez mundial vira moeda de troca.
Além do mais, a guerra em Gaza já cansou. O mundo tá vendo imagens horríveis há meses. Qualquer sinal de esperança, mesmo vindo de onde vier, é recebido com um misto de alívio e desconfiança. E Trump, ah, Trump adora ser o centro das atenções, mesmo quando não deveria.
Resta saber se isso vai sair do papel ou se vai virar só mais um "quase" na história. Porque, convenhamos, a distância entre um anúncio e um acordo real é grande. Muito grande.