
Numa daquelas reviravoltas que só a política internacional sabe produzir, Donald Trump — aquele mesmo que já ocupou a Casa Branca — teria dado um conselho no mínimo curioso ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Segundo fontes próximas ao assunto, o republicano pediu, em tom quase paternal, que o líder ucraniano evitasse atacar Moscou a todo custo.
Não foi um bilhete, nem um tuíte malcriado. A conversa — quem diria — aconteceu por telefone, entre quatro paredes (ou melhor, entre dois continentes). Detalhe: Trump não está mais no poder desde 2021, mas parece que o hábito de dar pitacos geopolíticos é mais forte que o cargo.
O contexto que explica (ou não)
Enquanto isso, a guerra na Ucrânia completa mais de 600 dias. E se tem uma coisa que aprendemos nesse tempo todo é que cada movimento — cada palavra, cada míssil não lançado — pode mudar o tabuleiro inteiro. O conselho de Trump, portanto, não é só um "jeitinho" diplomático. É, no mínimo, uma peça num jogo de xadrez onde as peças são cidades inteiras.
Por que Moscou? Bom, a capital russa é o coração político de Putin. Um ataque ali seria como cutucar um urso com um graveto bem curto — metáfora tosca, mas que faz sentido no calor do momento.
- Trump: "Não provoque o urso" (tradução livre)
- Zelensky: "Mas e se o urso já estiver na minha sala?" (também livre)
O fato é que, desde o início da invasão russa, a Ucrânia tem recebido armamentos pesados do Ocidente. Mísseis de longo alcance, tanques modernos, inteligência de primeira. Tudo menos — e aqui está o pulo do gato — autorização explícita para atingir solo russo.
E o Biden nisso tudo?
O atual ocupante da Casa Branca, Joe Biden, mantém a linha de sempre: apoio incondicional à Ucrânia, mas com limites geográficos. A diferença é que, quando Trump fala, parece menos uma política de Estado e mais um conselho de bar — o que, convenhamos, tem seu charme.
Resta saber se Zelensky seguiu o conselho. Até agora, nenhum míssil ucraniano atingiu o Kremlin, mas a guerra tem dessas: hoje é uma coisa, amanhã… bem, amanhã a gente descobre.