
O clima entre Rússia e Ocidente está mais tenso do que uma corda de violino no auge de um concerto. Nikolai Patrushev, aliado próximo de Vladimir Putin e secretário do Conselho de Segurança russo, soltou uma bomba verbal que ecoou pelos corredores do poder global.
"Estamos prontos para tudo", disparou Patrushev, com aquela calma que só os russos sabem ter quando o assunto é ameaça nuclear. "Se necessário, atacaremos primeiro." Simples assim. Direto ao ponto, como um míssil hipersônico.
O jogo das cadeiras explosivas
O que está por trás dessa retórica inflamada? Segundo analistas, é pura matemática geopolítica. A Rússia vê a expansão da OTAN como uma ameaça existencial - e não é de hoje. Mas agora, com a guerra na Ucrânia completando dois anos, o tom mudou de "aviso" para "alerta vermelho".
Patrushev, que não é exatamente um pacifista de plantão, acusou os EUA e a Europa de:
- Transformar a Ucrânia numa "base militar anti-Rússia"
- Financiar "terroristas" nas fronteiras russas
- Preparar golpes em países aliados de Moscou
Não contente, ele ainda soltou: "O Ocidente está brincando com fogo, e vai se queimar." Frase pronta para entrar nos livros de história - ou nos relatórios de inteligência militar.
O que significa "ataque preventivo" na prática?
Aqui a coisa fica nebulosa. Especialistas em defesa explicam que a doutrina militar russa prevê o uso de armas nucleares táticas caso:
- Haja risco de destruição de instalações estratégicas
- O território nacional for invadido
- Existir ameaça ao governo central
Mas Patrushev foi além - sugeriu que a Rússia poderia agir antes mesmo desses cenários se concretizarem. "Melhor prevenir do que remediar", parece ser o novo lema em Moscou. Só que com mísseis no lugar de comprimidos.
Enquanto isso, na Europa...
As capitais ocidentais reagiram com aquela mistura de preocupação e ceticismo de sempre. "Mais uma bravata do Kremlin", murmuraram alguns diplomatas. Outros, porém, estão revisando planos de contingência - só por precaução.
Uma coisa é certa: o inverno geopolítico está longe de acabar. E desta vez, a neve pode vir radioativa.