
Eis que a poeira da política internacional levanta mais uma vez – e dessa vez com sabor brasileiro. O senador americano Marco Rubio, figura de peso no Partido Republicano, simplesmente soltou o verbo em defesa de Jair Bolsonaro.
Não foi um sussurro diplomático, não. Foi uma declaração de guerra retórica, direta e sem meias palavras. Para Rubio, a condenação do ex-presidente brasileiro foi, nas suas exatas palavras, uma "injustiça gritante". Algo que, na visão dele, cheira mais a manobra política do que a aplicação legítima da lei.
Mas ele não parou por aí. Oh, não. O que realmente fez os analistas coçarem o queixo foi o que veio em seguida: um aviso, ou melhor, um prenúncio. Os Estados Unidos responderão adequadamente. O que isso significa, exatamente? Bom, aí é que está o mistério que está tirando o sono de muitos em Brasília.
Um recado que ecoa além das fronteiras
Não se engane: uma declaração dessas, vinda de um político tão influente, é muito mais do que apenas uma opinião solta. É um sinal. Um sinal claro para o governo Biden, para o Itamaraty, e para o mundo observar a situação no Brasil com lupa. Rubio basicamente acendeu um holofote sobre o judiciário brasileiro, questionando a sua imparcialidade.
É aquela velha história: quando um país de peso como os EUA decide "responder adequadamente", o leque de possibilidades é imenso. Pode ser desde uma nota de repúdio mais enfática até… bem, coisas mais sérias. Sanções econômicas? Pressão diplomática nos corredores internacionais? Apoio político a figuras alinhadas? O suspense é de matar.
O pano de fundo, claro, é a relação bilateral entre os dois gigantes das Américas. Todo mundo se lembra da sintonia que Bolsonaro tentou construir com Trump – e como a eleição de Biden esfriou a relação. Será que estamos vendo os primeiros sinais de uma guinada republicana que, se voltar ao poder, pode recolocar o Brasil num eixo privilegiado? Rubio parece estar plantando essa bandeira.
E o Brasil nisso tudo?
O governo Lula, claro, ainda não se manifestou oficialmente sobre a declaração bombástica. Mas é certo que os assessores presidenciais e o pessoal do Itamaraty estão de olho. Uma intervenção estrangeira, ainda que apenas verbal, num assunto tão sensível e interno quanto uma condenação judicial, é sempre um terreno delicadíssimo.
O que se pergunta nos círculos políticos é: isso é um rompante isolado de um senador, ou é o ensaio de uma nova política externa republicana para a América Latina? A resposta, como tudo em política, provavelmente virá com o tempo. Mas uma coisa é certa: a condenação de Bolsonaro acabou de virar um tema quente não só no Brasil, mas também em Washington.
E o mundo… o mundo observa. Aguardando a tal "resposta adequada". Porque quando os EUA falam, todo mundo escuta.