Especialista Adverte: Reforma da ONU Só Virá Após um Grande Conflito Mundial
Reforma da ONU só virá após grande guerra, diz especialista

Não é todo dia que um analista crava uma previsão tão sombria—e tão convincente. A gente vive num mundo de aparências, onde a diplomacia tenta maquiar crises profundas com reuniões e discursos. Mas a verdade nua e crua, segundo o professor de Relações Internacionais Maurício Método, é que a ONU, da forma como existe hoje, está com os dias contados.

Ele foi direto ao ponto numa entrevista que dispensou rodeios: a tal reforma estrutural que todo mundo sabe ser necessária? Esquece. Ela não sai do papel sem que antes o mundo mergulhe num banho de sangue. Um conflito de proporções bíblicas, um verdadeiro ponto de não retorno.

Um Sistema que Virou uma Farsa?

O cerne do problema, aponta Método, é o Conselho de Segurança. Aquela estrutura arcaica, criada no pós-guerra, com cinco membros permanentes com poder de veto. Eles travam tudo. Qualquer medida mais ousada que ameace seus interesses nacionais é simplesmente anulada. É como tentar consertar um carro em movimento com os passageiros brigando pelo volante.

O professor não poupa críticas. A Rússia, por exemplo, usa o veto para proteger suas ações na Ucrânia—uma guerra que já é um trauma global. A China faz o jogo dela. EUA, França e Reino Unido, idem. O resultado? A paralisia total. A ONU virou um palco para discursos, não um palco para ações efetivas.

A Crise de Credibilidade é Total

E aí a gente se pergunta: pra que serve uma organização que não consegue impedir guerras, genocídios ou crises humanitárias das mais graves? A população mundial não é mais a mesma de 1945. Está mais informada, mais conectada e, francamente, mais cansada de hipocrisia.

Método vai além. Ele acredita que a pressão popular vai aumentar—e muito. As pessoas vão cobrar respostas que a estrutura atual simplesmente não pode dar. Essa desconexão entre a burocracia internacional e a realidade das ruas é um barril de pólvora.

O Cenário Mais Sombrio Possível

Agora, a parte que mais assusta. A tese do professor é que a mudança só virá depois do caos. Não um conflito qualquer, mas algo tão devastador que force uma reavaliação completa do sistema internacional. Algo que faça os líderes mundiais perceberem, na marra, que o modelo atual é uma ameaça à própria existência humana.

É um pensamento aterrador, mas que faz um sentido perverso. A história mostra que as grandes reformas globais sempre surgiram das cinzas de grandes guerras. A própria ONU nasceu da Segunda Guerra Mundial. A pergunta que fica é: estamos dispostos a pagar esse preço outra vez?

Enquanto isso, a sensação é de que estamos numa espiral. Assistindo a mesma peça de teatro, sabendo o final trágico, mas sem coragem de fechar o palco e escrever uma nova história. O alerta de Método é um soco no estômago. Ignorá-lo seria, no mínimo, uma irresponsabilidade colossal.