Plano Secreto dos EUA: Administração de Gaza por uma Década é Proposta, Revela The Wall Street Journal
Plano EUA: 10 anos de administração em Gaza

O que parecia um frisson nos corredores diplomáticos ganhou contornos concretos, e são de arrepiar. O The Wall Street Journal botou a boca no trombone e revelou um plano audacioso – para não dizer polêmico – que está sendo costurado a portas fechadas. A ideia? Colocar a Faixa de Gaza sob uma administração temporária liderada ninguém menos que pelos Estados Unidos. E não é por um ou dois anos: a previsão é de uma gestão que pode se estender por uma década inteira.

Imagina só o que isso significa no tabuleiro geopolítico. O documento, um rascunho de proposta, sugere que os americanos assumiriam as rédeas junto com uma coalizão de aliados. O objetivo declarado é claro: estabilizar a região após a guerra e, supostamente, pavimentar a estrada para um futuro governo palestino. Soa bonito no papel, mas a realidade é um campo minado.

Os Detalhes que Poucos Viram Chegar

O cerne do plano vai muito além de uma simples intervenção. Eles falam na criação de um fundo internacional monumental, algo na casa de dezenas de bilhões de dólares. Esse dinheiro não seria para tapar buracos. A intenção é financiar a reconstrução completa de Gaza – das cinzas, literalmente – e ainda bancar a tal administração temporária. Quem colocaria a mão no bolso? Os países do Golfo são cotados como contribuintes-chave.

E não para por aí. A proposta esbarra em um dos pontos mais espinhosos desse conflito: o que fazer com a Autoridade Palestina. O plano dos EUA praticamente a ignora, tratando-a como uma entidade incapaz de assumir o controle agora. Essa não é, digamos, uma opinião unânime. Muitos especialistas veem isso como um tiro no pé, um risco enorme de minar ainda mais a já frágil legitimidade da autoridade perante seu próprio povo.

E as Reações? Previsíveis e Explosivas

Do lado de Israel, a coisa é tratada com um misto de cautela e ceticismo. Fontes do governo israelense disseram ao jornal que discutiram o assunto, mas não endossaram nada. É aquela velha história: eles topam a ajuda internacional, mas desde que não mexa na soberania ou na segurança do país. Um equilíbrio quase impossível.

Já os palestinos... bom, a reação é de pura rejeição. Estratégias impostas de cima para baixo, sem seu consentimento? Soa como colonialismo moderno para muitos. É uma proposta que, longe de acalmar os ânimos, tem um potencial gigantesco de virar gasolina no fogo do ressentimento regional.

O silêncio da Casa Branca é ensurdecedor. Eles se recusam a comentar o tal documento, classificando tudo como 'especulação'. Mas onde há fumaça... O fato de o rascunho existir e circular entre autoridades de alto escalão mostra que a ideia, por mais remota que pareça, está na mesa. Resta saber se alguém terá coragem de implementá-la.