Uma grave crise diplomática abalou as relações entre Peru e México nesta sexta-feira, culminando no rompimento definitivo dos laços bilaterais entre os dois países. O estopim do conflito foi a decisão mexicana de conceder asilo político à ex-primeira-ministra peruana Bettina Ugarte, figura central em acusações de tentativa de golpe de estado em seu país de origem.
O estopim da crise
O governo peruano não mediu palavras ao anunciar a medida drástica, classificando a ação mexicana como "uma violação flagrante dos princípios do direito internacional". Segundo autoridades peruanas, o asilo concedido a Ugarte representa uma interferência inaceitável nos assuntos internos do país.
Quem é Bettina Ugarte?
A ex-primeira-ministra tornou-se persona non grata no Peru após ser acusada de participar ativamente de supostas manobras para derrubar o governo democraticamente eleito. As acusações incluem suposta articulação com grupos opositores e suposto financiamento de protestos violentos que abalaram a estabilidade política peruana nos últimos meses.
A posição mexicana
Do outro lado da disputa, o governo mexicano defende sua decisão alegando que Ugarte corre risco real de perseguição política em seu país. A chancelaria mexicana emitiu comunicado afirmando que "cumpriu rigorosamente todos os protocolos internacionais" ao conceder o asilo, baseando-se em supostas violações de direitos humanos contra a ex-premiê.
Repercussões imediatas
As consequências do rompimento já começam a surgir:
- Retirada imediata de embaixadores de ambos os países
- Suspensão de todos os acordos comerciais bilaterais
- Cancelamento de voos diretos entre as nações
- Congelamento de projetos de cooperação internacional
Contexto histórico
Esta não é a primeira vez que as relações entre Peru e México passam por turbulências. Os dois países mantinham uma relação comercial significativa, com trocas que ultrapassavam US$ 3 bilhões anuais. Especialistas em relações internacionais alertam que o rompimento pode ter efeitos econômicos graves para ambas as economias.
O que esperar do futuro?
Analistas políticos são unânimes em apontar que a reconciliação parece distante no horizonte. A postura inflexível de ambos os governos sugere que a crise deve se prolongar, com possíveis desdobramentos em fóruns internacionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e as Nações Unidas.
O cenário atual representa um dos momentos mais tensos na história das relações diplomáticas latino-americanas recentes, com potencial para reconfigurar alianças e parcerias em toda a região.