
Numa declaração que pegou muitos de surpresa — e deixou outros tantos com os cabelos em pé —, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, soltou a bomba: a Rússia vai vencer a guerra contra a Ucrânia. Sim, você leu certo. E não, ele não parece estar brincando.
Durante uma entrevista que mais parecia um furacão de opiniões, Orban deixou claro que, na visão dele, a vitória russa não é só possível, mas inevitável. "A realidade é dura, mas é a realidade", disparou, com aquele tom de quem já deu a questão por encerrada.
O que exatamente ele disse?
Orban, que nunca foi exatamente um diplomata de meias palavras, afirmou que a Ucrânia está em uma posição insustentável. Segundo ele, as sanções contra a Rússia não funcionaram como o Ocidente esperava, e o apoio militar à Ucrânia está longe de ser suficiente. "É como tentar apagar um incêndio com um copo d'água", comparou, sem rodeios.
E não para por aí. O líder húngaro ainda criticou a estratégia europeia, chamando-a de "desconectada da realidade". Para ele, o continente está ignorando os fatos em nome de um idealismo que, no fim das contas, só vai prolongar o sofrimento.
E as reações? Foram imediatas
Não deu outra. A declaração de Orban virou um verdadeiro vespeiro político. Enquanto alguns — poucos, é verdade — concordaram com sua análise pragmática, a maioria reagiu com críticas duras. Um diplomata europeu, que preferiu não se identificar, resumiu o sentimento: "Orban parece ter esquecido que a Ucrânia está lutando pela própria existência".
Do outro lado, a Rússia... bem, não é difícil imaginar que o Kremlin tenha gostado do que ouviu. Mas oficialmente, mantiveram o silêncio — o que, convenhamos, já diz muito.
E agora?
Com a guerra completando mais de dois anos e sem sinais claros de resolução, a fala de Orban joga gasolina em um debate que já estava mais que quente. Será que ele está certo? Ou será que essa é mais uma daquelas previsões que envelhecem mal?
Uma coisa é certa: enquanto os líderes discutem, o povo ucraniano continua pagando o preço mais alto. E isso, infelizmente, não é retórica — é a fria e dura realidade.